Críticas

“O Meu Amado”, de Gregory Ratoff, com TYRONE POWER

O Meu Amado (Rose of Washington Square – 1939)

Alice Faye interpreta Rose Sargent, uma cantora de NY da década de 1920 que se apaixona pelo bonito e arrogante malandro Bart Clinton (Tyrone Power). O novo romance de Rose é demais para o desespero de seu amigo e antigo parceiro Ted Cotter (Al Jolson), que não confia no escorregadio Bart.

De certa forma, inspirado na vida amorosa de Fanny Brice (Barbra Streisand protagonizaria a cinebiografia oficial “Funny Girl”, em 1968), o que a levou a processar os estúdios Fox. Alice Faye chega a cantar a música mais famosa de Brice: “My Man”, num dos momentos mais emocionantes. A publicidade desse problema jurídico acabou ajudando na
bilheteria do filme, que se tornou o maior sucesso musical do estúdio naquele ano.

O projeto foi uma sensata resposta ao sucesso de “Epopeia do Jazz”, que havia sido lançado no ano anterior, apostando na simpatia do casal Alice Faye e Tyrone Power, mas o real valor atemporal da obra foi documentar com qualidade o trabalho de Al Jolson, um nome injustamente ignorado pelos jovens de hoje.

Tendo entrado para a história da arte ao protagonizar o primeiro filme falado (“O Cantor de Jazz”, em 1927), ele teve em “O Meu Amado” a chance de imortalizar com melhor qualidade de som e imagem, suas interpretações consagradas: “My Mammy”, “California, Here I Come” e “Rock-a-Bye Your Baby with a Dixie Melody”.

Octavio Caruso

Viva você também este sonho...

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