Críticas

“A Múmia” (1932), de Karl Freund, com BORIS KARLOFF

A Múmia (The Mummy – 1932)

Em 1921, uma equipe de arqueologistas no Egito, liderados por Sir Joseph Whemple, descobre a múmia do príncipe Imhotep, que vivera há 3.700 anos e que, por ter cometido um sacrilégio, teve como castigo ser enterrado vivo.

É interessante analisar que, em seu tempo, a obra serviu como uma primária fonte de informação para a sociedade ocidental sobre o Egito antigo. Ele serviu como base para a visão que seria compartilhada por vários filmes similares ao longo dos anos. Assim como “King Kong”, mostra implicitamente a forma superior como os americanos enxergavam o Oriente, uma terra exótica, inferior e selvagem.

O genial alemão Karl Freund, responsável pela fotografia de “Drácula” (e, anteriormente, “Metrópolis”, de Fritz Lang), foi escalado para dirigir a obra que teria a missão ingrata de manter a Universal no caminho da glória conquistada pelo já citado “Drácula” e “Frankenstein”. Ele chega a utilizar a mesma técnica de iluminar apenas os olhos, como forma de transmitir elegantemente a ameaça.

Mais calcado no clima do que no monstro (vivido por Boris Karloff em conjunto com o excelente trabalho prostético de Jack Pierce), a produção ousou ao abordar um personagem que não havia se estabelecido no inconsciente coletivo do público na literatura, como os dois anteriores.

Sem um molde para se basear, o roteiro segue em vários momentos a fórmula de “Drácula” (grande semelhança entre o Dr. Muller e o Van Helsing, por exemplo). O tempo foi generoso com o filme, sendo considerado hoje um dos melhores do ciclo de monstros do estúdio.

  • Você encontra o filme em DVD, e, claro, garimpando na internet.
Octavio Caruso

Viva você também este sonho...

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