O Protetor (Tom Yum Goong – 2005)
Kham, um jovem lutador, precisa ir para a Austrália recuperar seu elefante roubado. Com a ajuda de um detetive, Khan tem que lutar contra todos, incluindo uma gang liderada por uma mulher maligna e seus dois guarda-costas mortais.
O tailandês Tony Jaa surpreendeu o mundo das artes marciais com “Ong-Bak”, mas era uma produção muito fraca, onde apenas as coreografias das lutas chamavam realmente atenção. Um filme do gênero precisa oferecer algo a mais, mesmo que seja na forma de um melodrama sacarina e medianamente satisfatório, para que não fique parecendo apenas uma exibição de técnica por parte dos lutadores.
O filme seguinte do diretor Prachya Pinkaew equilibraria melhor essa equação, com um resultado superior em todos os sentidos. O tema, que trabalha a ligação espiritual dos tailandeses com os elefantes, poderia ser um empecilho em outras culturas, mas o roteiro simplório se mantém focado na busca de um homem por seu amigo, um conceito universal.
O mesmo coreógrafo do sucesso anterior, Panna Ritikrai, retorna com ambições maiores, construindo uma sequência impressionante com tomada única em tempo real, algo em torno de frenéticos quatro minutos, passada em um restaurante. Somente essa cena já validaria o projeto, mas ele ainda conta com, pelo menos, mais umas três excelentes cenas de ação, como aquela que mostra o herói quebrando os ossos de uma multidão de capangas. É um espetáculo de torções impecavelmente coreografado que dura por volta de quatro minutos.
Jaa executa um combinado de Krabi krabong e Muay boran, que ele denominou Muay kodchasaa (boxe do elefante), um estilo que era totalmente desconhecido no Ocidente, o que explica o impacto de seus primeiros filmes nesse público. É impressionante ver o estrago que esse estilo faz, em uma cena num templo, contra três especialistas em Capoeira, Wrestling americano e Wushu.
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