O Monstro do Mar (The Beast from 20,000 Fathoms – 1953)
Como resultado de um teste nuclear no Ártico, um carnívoro dinossauro desperta e segue em direção à costa Norte-Americana. Testemunha de sua existência, o desacreditado Professor Tom Nesbitt tenta convencer o paleontólogo Thurgood Elson dos perigos que a criatura pode trazer ao país.
Para calcular a importância desta obra, basta mencionar que foi o primeiro grande trabalho de Ray Harryhausen, o cartão de apresentação pioneiro que demonstrou para o mundo o potencial dele com a técnica stop motion, em uma trama que apresentava o primeiro monstro gigante nascido de explosões nucleares, um conceito que viria a influenciar diversos filmes, especialmente o marco japonês no gênero: “Godzilla”.
A imponência visual do monstro era algo que o público nunca tinha presenciado na tela grande, e seus imitadores nunca chegaram a igualar a qualidade de sua composição. O ataque do Rhedossauro em Nova York, no terceiro ato, com a utilização eficiente de maquetes, continua encantando pela devoção artesanal, que sobrepujou o baixo orçamento.
O roteiro, baseado em conto de Ray Bradbury, é simples, mas é compensado pela direção segura de Eugène Louiré, que viria a ser diretor de arte do clássico “Luzes da Ribalta”, de Chaplin.
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