Em mais uma entrevista exclusiva para o “Devo Tudo ao Cinema”, conversei com o amigo, grande diretor/roteirista/escritor, Braz Chediak, responsável por filmes como: “Os Viciados”, “Bonitinha Mas Ordinária”, “Perdoa-me Por Me Traíres”, “Dois Perdidos Numa Noite Suja” e a obra-prima: “A Navalha na Carne”. E, num gesto muito carinhoso, ele enviou uma foto especial para o blog. Grato, Braz!
O – Quero inicialmente dizer que é uma honra
ter conquistado sua amizade, você está no seleto grupo de pessoas a quem mostro
meus curtas em primeira mão, buscando sua opinião sempre sincera. Eu te
respeito demais como profissional e admiro sua generosidade. Bom, dito isso,
quais foram as suas referências artísticas quando decidiu se tornar um
cineasta? Você se recorda dos filmes que assistiu quando criança, aqueles que
te iniciaram nesse mundo de sonhos, captando sua imaginação?
C – Obrigado, Octavio. Como você sabe, sou de uma
cidade, Três Corações, MG, onde a cultura não existia e até hoje ainda é
frágil. Ainda não temos teatro, escolas de Artes, etc., etc., mas tive a sorte
de, quando vim morar aqui, já adolescente, existir três cinemas que exibiam
filmes diferentes. Um por dia. Então, talvez para fugir à minha realidade, que
era dura, me refugiei nos livros e nos filmes. Me apaixonei pelos faroestes,
pelos filmes de suspense, pelas comédias. Consequentemente, conheci John Ford,
Hitchcock, George Stevens, Elia Kazan, e alguns outros diretores. Dos
primeiros, ficava admirado com o ritmo, a atmosfera (ainda que, na época, não
sabia o que era isto), como prendiam o público em seus filmes. De Kazan, a
direção de atores. Marlon Brando, James Dean e tantos outros me levavam ao
cinema. E, como todos os homens, curti grande paixão por Marilyn Monroe,
Natalie Wood, e outras estrelas mais.
Ah, gostava, também, do Roger Corman. Ainda hoje gosto e
fiquei feliz em vê-lo como ator no SILÊNCIO DOS INOCENTES, o que considerei uma
homenagem.
Mas, voltando à sua pergunta: foi nessa época, eu tinha uns
14 anos, que decidi trabalhar em cinema.
O – Sei que você não assiste a seus próprios filmes,
irritado com os produtores que, com o objetivo de encaixar as obras no formato
televisivo, acabaram cortando o material, criando algo diferente. Essa
mutilação perturba aquele que se dedicou tanto na criação minuciosa do projeto.
Além de pedir sua opinião sobre isso, aproveito para aprofundar o tema. O cinema
popular que é feito hoje no Brasil é, com raras exceções, o formato televisivo,
em estética e linguagem, exibido na tela grande, uma espécie de caminho
inverso. Vejo isso como algo prejudicial e sintomático. Você concorda comigo?
C – Claro, concordo, mas é preciso compreender que cada
Arte tem sua linguagem. E reconhecer a força da TV. Assim como temos que
reconhecer a força da Internet.
A Arte, como tudo, caminha. Veja o livro, por exemplo: o
Digital já está tomando conta, você carrega uma biblioteca, com milhares de
livros, no bolso. Ainda que goste do livro/papel, reconheço que o digital é um
avanço, evitará que milhões de árvores sejam cortadas, é fácil de carregar e,
em menos de cinco anos não haverá mais analfabetos no planeta. Toda criança aprenderá
ler para poder digitar.
Quanto ao cinema brasileiro, está acontecendo o que
aconteceu com o teatro na década de 60.
Te dou um exemplo: um dia, creio que em 1964, fui assistir a
uma peça no centro do Rio em companhia de alguns atores e atrizes. Quando
chegamos na Cinelândia, havia uma fila imensa e um dos atores, creio que o
Paulo Autran, comentou: “hoje a casa vai lotar”, mas outro que estava conosco
riu e respondeu: “O Cinema Palácio vai lotar. A fila é para ver o James Bond.”
E era. O teatro estava praticamente vazio.
E a previsão, creio que de Andy Warhol: “no futuro cada um fará seu próprio filme!”,
está se realizando. E isto é bom. Muitos cineastas surgirão daí.
Mas, como todas as Artes, o cinema continuará. A Arte não
morre, ela se transforma.
O – Como você vê a atual valorização das chanchadas,
essa expressão que já sintetiza o preconceito, pela crítica? Não somente o
trabalho realizado pela Cinédia, Atlântida e Vera Cruz, mas, também, a vertente
das pornochanchadas da década de setenta? Você esteve inserido, com filmes como
“Os Mansos”, “Banana Mecânica” e “Eu Dou O Que Ela Gosta”, O Roubo das
Calcinhas”. O entretenimento popular sempre será visto com desprezo em uma
sociedade que sofre de complexo de vira-latas?
C – Chanchada vem de “chancho”, porco, em espanhol. Foi
criada pela crítica velha, que comia na mão de Hollywood. Imagina, naquela
época existia até um “Embaixador” de Hollywood no Brasil, Harry Stone. Como se
fossemos uma republiqueta bananeira.
A recuperação das chanchadas se deve à nova crítica, que dá
mais valor à nossa luta, sem preconceitos, que compreendem que foi ela, a
chanchada, que mais preservou a imagem visual e os gostos do País.
Quanto ao rótulo de “pornochanchada”, também criada por um
crítico velho, creio que do JB, também foi criada para desmoralizar o cinema
popular brasileiro. Como fazer pornografia em plena ditadura militar, com uma
censura apavorante? As chamadas
“pornochanchadas”, hoje, são ingênuas até nas matinês da Angélica ou da Xuxa.
Mas o Brasil era o 5º maior mercado cinematográfico do mundo.
Então os americanos molharam a mão da mídia, de críticos da época, para
destruir esse mercado para nossos filmes.
Nelson Rodrigues cunhou bem a expressão “complexo de
vira-latas”. Até os próprios cineastas – que não eram tão cultos como gostavam
de aparentar – torciam o nariz para
aqueles que faziam filmes que agradavam ao povão. Tinham uma expressão para os
desclassificar: “Você está se vendendo ao Sistema”.
O Sucesso de NAVALHA NA CARNE, que dirigi, provocou ira
entre alguns “cineastas intelectuais” que não conseguiam fazer um bom filme,
não sabiam onde colocar uma câmera, que lente usar, etc., etc. Eram amadores,
que não tiveram a humildade de aprender a técnica com os velhos diretores.
Revi, recentemente, Os Mansos – onde lancei Paulo Coelho
como ator. Fique chateado, pois o filme está todo mutilado. E pelo próprio
produtor, que foi quem me enviou o DVD. Cortou todos os finais de gags ou
piadas. Ficou como se fosse uma ejaculação precoce.
Hoje as coisas estão mudando. Filmes populares são
aplaudidos pelos espectadores e pela crítica que faz comentários lúcidos,
mostrando que conhecem as dificuldades de um cinema que continua de cuia na
mão, procurando alguns trocados.
O – Sempre digo que a dificuldade é um terreno fértil
para a criatividade, não é um empecilho, mas uma bênção. Como você definiria a
relação entre o baixo orçamento e a criatividade no trabalho de um cineasta?
Você lembraalgum exemplo de situação onde você teve que se forçar além
dos limites financeiros, improvisando, como forma de finalizar uma cena?
C- NAVALHA NA
CARNE teve um orçamento menor que $ 20.000 (Vinte Mil Dólares). Em DOIS PERDIDOS NUMA NOITE SUJA, me
desentendi com o produtor, Jece Valadão, logo na primeira semana de preparação. Ele
ficou magoado por eu não tê-lo colocado no filme e, então, com cotas vendidas,
sabotou as filmagens. Muitas vezes, tive que parar as filmagens porque não
tínhamos negativo, era preciso correr daqui pra ali para conseguir um pedaço,
metade de uma lata de negativo, para filmar. Às vezes faltava até um simples
sanduíche de mortadela para os atores e equipe.
O produtor cortou sem minha autorização, uns 20 minutos de,
em Bonitinha Mas Ordinária, mas mesmo mutilado o filme resultou num estrondoso
sucesso de bilheteria.
Aliás, em todos os meus filmes tive dificuldades no
orçamento. Exceto em AS CONFISSÕES DE FREI ABÓBORA, onde o Herbert deu todo
apoio. Mas faltou o essencial: o roteiro. Sem um bom roteiro não existe bom
filme. E fiz o filme sem roteiro, sem rota, sem rumo. Ficou ruim, mas a culpa é
inteiramente minha.
O – Você é, de forma justa, reconhecido por ser um
mestre na adaptação de textos espinhosos, polêmicos, como Nelson Rodrigues e
Plínio Marcos. Como é o seu trabalho de decupagem, tentando extrair a essência
da obra literária, transportando-a para a linguagem cinematográfica? Quais são
as suas preocupações nesse processo?
C – Tive a sorte de ser amigo do Plínio e do Nelson e
isto me deixava à vontade para discutir com eles, compreender seus pensamentos
e expor os meus. Mas, para compreender melhor, li tudo do Plínio antes de
começar NAVALHA. E a obra do Nelson eu conhecia e acompanhava desde que ingressei
no meio teatral. Eu e Jofre, filho do Nelson, tínhamos como brincadeira
sentarmos num bar e, enquanto bebíamos, criávamos diálogos semelhantes ao do
Mestre ou interpretávamos seus personagens. Era um exercício fantástico.
E assistia à estreia de suas peças, muitas vezes ia aos
ensaios. O Nelson me convidou para fazer o personagem do garoto de TODA NUDEZ
SERÁ CASTIGADA no palco.
Mas eu ia fazer um filme e não pude. Então indiquei o Enio
Gonçalves, que era um grande amigo e, como eu, estava começando. E o Enio fez
com muito talento, cercado por Nelson Xavier, Cleyde Yáconis, Luiz Linhares,
tudo sob a direção do mestre Ziembinski.
Mas, voltando ao principal, eu tinha a consciência que filme
é filme, peça é peça. E tomava muito cuidado para não fazer um “filme teatral”.
Acho que consegui.
O – Considero
“A Navalha na Carne”, de 1974, a sua obra-prima, um dos melhores filmes
nacionais de todos os tempos. Antes de filmar o curta “Teresa”, fiz questão de
rever, pra me inspirar na fantástica criação de clima que você conseguiu nas
filmagens, aquela utilização maravilhosa do silêncio (além dos quase 30 minutos
iniciais só com sons diegéticos), os planos fechados, uma composição imagética
brilhante. Claro que há mérito nas atuações, Jece Valadão, Emiliano Queiroz e a
fantástica Glauce Rocha, mas, sem dúvida, a sua impressão digital na construção
daquele ambiente foi fundamental no resultado. Compartilhe com meus leitores os
bastidores dessa produção, o trabalho com os atores, a dificuldade de transpor
o texto de Plinio Marcos.
C -Minha responsabilidade era grande. Vários
diretores tentaram fazer o filme e não conseguiram. Entre eles o Carlos Alberto
Souza Barros, e o D’AVERSA. Não conseguiram. A censura estava de olho. O Plínio
sofria perseguições, etc., etc.
Quando propus ao Jece fazer o filme ele fez algumas exigências:
que o orçamento fosse baixíssimo, que filmássemos rapidamente (no máximo um
mês, mas fiz em 20 dias) e que ele fosse o ator principal e a Tônia a atriz.
Ponderei que a Tônia era muito bonita, seria difícil fazer
dela uma mulher que não arruma freguês na prostituição. Na época, não tínhamos
maquiadores especialistas em envelhecimento.
Mas ele insistiu e lá fomos nós para a casa da Tônia, em Cabo Frio. Lá
ela nos recebeu com um bom whisky na mão e Jece e eu bebemos com ela. Deixei os
dois conversarem. Lá pelas tantas ela disse qualquer coisa que o Jece não
gostou. Ele então me chamou para ir embora. Mas como estava achando tudo
engraçado, disse que iria assim que terminasse o Whisky e bebi bem devagar,
curtindo a inteligência e a beleza de Tônia e o mau humor contido do Jece.
Quando saímos ele disse: “Chediak, vamos chamar a Norma
Benguell!”. Fiz as mesmas ponderações: “Norma é jovem, bonita, etc., etc.” Mas
ele bateu o pé.
Voltamos para o Rio e conversamos com Norma. Ela aceitou
fazer o papel e pedi a ela que não tomasse sol, não fosse à praia, etc. A pele
queimada de sol absorve menos a maquiagem e não dá a textura bonita da pele sem
sol.
Uma semana depois liguei para pedir à Norma que fosse aos
Estúdios para provar roupas e sua empregada me disse que ela estava na praia.
Comuniquei o fato ao Jece – ele era um ator cuidadoso, não havia tomado mais
sol – e pedi a ele que resolvesse a questão, pois não poderia filmar com uma
mulher queimadíssima de sol fazendo um personagem que vive à noite.
Não sei o que conversaram, mas pouco depois o Jece disparou:
“Chediak, a Norma tá fora. Vamos chamar a Thereza Rachel.”
Então não aguentei e expliquei a ele como eu pensava o
personagem, etc., etc. Ele me perguntou: “E quem você acha que pode
fazer?” Eu disse: “A Glauce”. Ele achou
que ela não aceitaria, pois estava com uma peça em cartaz e com excursão
marcada, mas o chamei para ir falar com ela à noite, no Teatro onde ela estava
se apresentando.
Conversei com a
Glauce nos camarins e ela se emocionou. Me deu um grande abraço, aceitou na
mesma hora e nos convidou para ir à casa dela, depois do espetáculo, para vermos alguma roupa que a personagem
poderia usar. Fomos, ela trocou diversas vestidos, pacientemente, até que
gostei de um. Antes de sair ela me abraçou novamente e perguntou: “Você acha
que dou conta?”. Eu respondi: “Você é Glauce Rocha”. Ela ficou segurando minha
mão muito tempo.
Fez o filme. E o cinema nacional ganhou, disparado, sua melhor interpretação feminina até que
chegou Lucélia Santos, em Bonitinha, para se emparelhar com nossa querida
Glauce.
Hoje sou grato pelas interpretações de grandes atrizes em
filmes que dirigi: Glauce em Navalha,
Lucélia em Bonitinha, Vera Fischer em PERDOA-ME POR ME TRAÍRES.
O – Sei que
não acompanha os filmes brasileiros atuais, preferindo a literatura. Imagino
que haja um pouco de mágoa profissional inserida nessa afirmação. Posso estar
enganado, mas minha sensibilidade me diz que, assim como eu, um fã do seu
trabalho, você também acredita, com toda razão, que merece maior
reconhecimento. Todos os grandes diretores que afirmaram esse desapego sentiam
que estavam sendo mais valorizados pelos estrangeiros, do que pelo seu próprio
povo. A grama do vizinho é sempre mais verde. Como crítico e público, torço pra
que o senhor volte para trás das câmeras. Sei que não sou o único. Fique à
vontade para abordar esse afastamento e as questões que incito no texto.
C – Existe uma coisa que, no Brasil, é uma constante.
Não acreditam que um idoso (tenho 73 anos) possa ser criativo. Por isto a
expressão “O BRASIL É UM PAÍS JOVEM”). E, francamente, não tenho talento para
ficar horas, com uma pastinha nas mãos, esperando para ser atendido por um
executivo, em busca de patrocínio.
Fui um diretor de Estúdio: Eu cuidava do filme, o produtor
do dinheiro.
E um fator também determinante: não tenho visto bons textos
ultimamente. E, por incrível que pareça, eu que escrevi tantos roteiros, que
era chamado para consertar roteiros alheios, não sinto vontade de escrever um
roteiro pra eu dirigir.
E, também, tenho um projeto com crianças carentes, em minha
cidade, que me dá muitas lições diárias, me ajuda a compreender diversos
ângulos diferentes da miséria espiritual e material que campeia no Brasil.
Fico feliz quando meus alunos e minhas alunas saem daqui e
trabalham em peças no Rio, em novelas e especiais na TV Globo ou outra
qualquer, fazem Universidades, Escola Nacional de Circo, UFMG, etc., etc.
O – Acredito que a música é um elemento essencial em
uma mente criativa. Seu filho, Yassir Chediak é um grande músico, então
acredito que ele tenha puxado essa paixão do pai. Como é o seu gosto musical?
Você já utilizou conscientemente a música como inspiração em algum trabalho?
C – Por incrível que pareça, a música me atrapalha em
muitos momentos. Não consigo ler, escrever ou dirigir ouvindo música. Para
isto, preciso de silêncio total. Assim como, quando paro para ouvir música, não
gosto de nenhum ruído a meu lado. Acho que, por isto, fiz o NAVALHA e os DOIS
PERDIDOS sem nenhuma música.
Quanto a meu gosto, transito bem entre o Beethoven e o
Brega, entre o Sertanejo e Mozart. Não tenho preconceitos, música é música.
Dependendo do momento, sou capaz de ouvir uma ópera do Verdi, por exemplo, ou
ficar horas ouvindo o popular, como Luiz Gonzaga, Sérgio Reis, Reginaldo Rossi
ou Roberto Carlos. Claro, alguns compositores me tocam mais, como Mozart,
Beethoven, Bach, Bizet, por exemplo. Ou Milton Nascimento, Chico, Caetano, Gil,
etc., etc.
O – Caso você tivesse que selecionar três filmes
brasileiros, de qualquer época, fora os seus projetos, como representantes do
que de melhor nossa indústria pode oferecer, quais seriam?
C – Pergunta difícil de responder. Mas vejo com
carinho O CANGACEIRO, DEUS E O DIABO NA TERRA DO SOL, O BANDIDO DA LUZ VERMELHA, O BICHO DE 7
CABEÇAS… São muitos, Octavio, não dá para ficar só em três. Seria injusto com
tantos outros, dos quais não me lembro agora.
Mas uma coisa que acho, também, injusta é o esquecimento de
bons diretores como o Lima Barreto, o Aurélio Teixeira, o Person, e tantos
outros que fizeram a história de nosso cinema. Sem esquecer o Manga, o Watson
Macedo, o Vitor Lima, que faziam as nossas queridas chanchadas. Creio que o
Mazzaropi é o único lembrado, é um fenômeno de público até hoje.
O – Braz, finalizando, eu te agradeço pela
entrevista e pelo carinho que sempre teve com meu trabalho. E, por gentileza,
deixe uma mensagem especial para meus leitores.
C – Seus leitores são jovens cineastas ou apaixonados
pelo cinema. O que posso falar? Talvez, que eles procurem ver, sempre, os
clássicos brasileiros e do mundo inteiro, que não tenham preconceitos,
compreendam que toda manifestação de Arte é importante e que realizar um filme,
publicar um livro, gravar um CD, no Brasil é um milagre. E quando alguém
consegue, vamos respeitar o milagre. E que leiam, leiam muito, sempre. Nelson
Rodrigues, Shakespeare, Dostoiévski, Machado de Assis, Guimarães Rosa, etc.,
etc., devem ser lidos e relidos sempre, todos os dias.
E a você Octavio, que continue com a lucidez e o carinho com
que trata o cinema e os cineastas.
No “Dica do DTC”, a nova seção do “Devo Tudo ao Cinema”, a intenção não…
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Notável entrevista com um cineasta da gema e com imensa contribuição artística ao cinema brasileiro. Sincero, livre de preconceitos e absolutamente moderno em suas considerações. Seu comentário sobre Glauce Rocha emociona, pois vale como um tributo a uma imensa e inesquecível atriz.
Grato pelo carinho com o meu trabalho, Vanderlei. Espero contar sempre contigo.
Abração!
PARABÉNS ,PELA ENTREVISTA .ORGULHO DO CINEMA NACIONAL....
Grato pelo carinho com o meu trabalho, Valmir.
Abração!!