Mickey One (1965)
Em Chicago, um comediante conhecido como Mickey One (Warren Beatty) é perseguido pela máfia.
Com a traumática pós-produção de “Um de Nós Morrerá”, sem nenhum controle criativo, e a fraca recepção dos críticos norte-americanos, Penn foi agradecer os aplausos dos jovens críticos franceses, ficando amigo de Truffaut. Ele então decidiu agregar ao seu trabalho aqueles maneirismos visuais.
O sistema em Hollywood, censurado pelo código de produção, estava bastante desgastado, grande parte do público começava a prestar mais atenção aos cineastas europeus e reduzia o cinema norte-americano ao cenário fantasioso das comédias românticas, bobagens imediatistas.
Mas talvez o diretor tenha se escorado demais nas influências da Nouvelle Vague, criando um pretensioso neo-noir kafkiano onde o protagonista, vivido por Warren Beatty, está em constante fuga, uma óbvia metáfora para as perseguições macartistas, com o roteiro entregando algumas ótimas ideias bem executadas, mas o senso de perigo nunca chega a efetivamente prender a atenção do espectador.
O mérito fica com o estilo, a elegante fotografia do veterano europeu Ghislain Cloquet e a trilha jazzística composta por Eddie Sauter, com o reforço do saxofone de Stan Getz. Uma obra importante no contexto da Nova Hollywood.
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