Quando Carrie Fisher faleceu, além de toda a carga emocional
que seu nome representa em minha cinefilia, pensei em sua mãe, Debbie Reynolds,
uma mulher que transmitia fortaleza aos 84 anos, um dos símbolos da era de ouro
da indústria, atriz, dançarina, cantora, historiadora do cinema, ganhadora do
Prêmio Humanitário Jean Hersholt, uma figura discreta e elegante que encantou o
mundo com sua participação no inesquecível “Cantando na Chuva”.
Como não se apaixonar por Debbie? A minha contraparte
adolescente ficava de queixo caído por ela na cena da imagem acima, quando
Gene Kelly transforma um galpão em um mundo de sonhos ao som da bela “You
Were Meant for Me”, mas a personalidade forte de sua personagem Tammy, em
“A Flor do Pântano”, uma lolita do interior, era irresistível. Ela se fazia
notar naturalmente, parte da realeza genuína que não precisava impor sua
presença. Se Carrie era princesa no cinema, Debbie, sem dúvida, foi uma rainha
na vida real.
A sua morte, no dia seguinte do falecimento da filha, um
baque devastador. Como revelou seu filho, Todd Fisher, suas últimas palavras
foram: “Eu vou ficar com Carrie”. Um desfecho triste e bonito, já que
as duas sempre tiveram um relacionamento complicado. O amor falou mais alto.
Que as novas gerações sigam se apaixonando por sua doce presença em seus
trabalhos. Que nunca nos esqueçamos…
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