Um pouco de
lucidez, uma reflexão simples: O ato de censurar arte é sintoma de um sistema
desprezível composto por indivíduos claramente desequilibrados emocionalmente,
movidos pelo instinto baixo de traçar uma linha imaginária na areia e defender
que algo não deve ser considerado relevante (questão de opinião que deve ser
respeitada) e, por conseguinte, não merece existir (algo indefensável). Nem
mesmo o argumento moralista utilizado desta feita é novidade, a Alemanha
nazista e sua exposição “Arte Degenerada” já segregava pintores como
Picasso e Matisse na década de 30. Ray Bradbury mostrava em seu
“Fahrenheit 451” uma sociedade distópica em que todos os livros eram
queimados, obra adaptada para o cinema por François Truffaut em 1966. O tempo
passou, mas os seres humanos seguem chafurdando na lama da estupidez. É
vergonhoso que este tipo de coisa ainda suscite discussões em 2017.
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