Críticas

“O Fantasma”, de Simon Wincer, na CLARO VÍDEO

O Fantasma (The Phantom – 1996)

Fantasma enfrenta bandidos perigosos para evitar que eles se apoderem de três caveiras dotadas de poderes incríveis.

Eu colecionava a revista do Fantasma, na época em que foi lançada pela editora Saber, início da década de noventa, uma professora na escola achava curioso que um garoto tão novo pudesse se interessar por quadrinhos em preto e branco de um material tão antigo, eu devorava as aventuras deitado no sofá da sala, a minha história favorita era “O Ninho de Tubarões”, primeiro contato que tive com o personagem.

Quando começou o burburinho sobre a produção do filme, impulsionada pelo sucesso do “Batman”, de Tim Burton, “Rocketeer” e “O Sombra”, eu fiquei realmente empolgado, fui com meu pai na primeira semana de exibição.

Até hoje não entendo a razão de tantas críticas negativas, o roteiro respeitava o legado do espírito que anda, o senso de aventura capturava muito bem o clima dos cine-seriados clássicos, a trilha-sonora de David Newman extremamente competente, figurino, recriação de época, a femme fatale espetacular vivida pela Catherine Zeta-Jones, a interação com a espevitada Diana Palmes, vivida por Kristy Swanson, os méritos sobrepujavam os problemas, como a direção sem personalidade do australiano Simon Wincer.

Até mesmo a tão discutida presença de Billy Zane, um ator inegavelmente limitado, vivendo o herói, não compromete o resultado. Um péssimo timing, ele resolveu se assumir homossexual na época da estreia, o que acabou desviando a atenção da mídia, da divulgação do lançamento do filme, para a vida pessoal do rapaz. O papo entre a garotada tonta envolvia perceber os trejeitos dele na tela grande.

Analisando em revisão, o roteiro de Jeffrey Boam, craque por trás de “Máquina Mortífera”, “Indiana Jones e a Última Cruzada” e “Viagem Insólita”, apesar de sofrer uma quebra de ritmo considerável no segundo ato, quando o protagonista viaja à cidade grande disfarçado, com a presença pouco carismática de Treat Williams, visivelmente desconfortável como o vilão megalomaníaco, sobreviveu com louvor no teste do tempo.

Trilha sonora composta por David Newman:

Octavio Caruso

Viva você também este sonho...

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