A Netflix está fechando o ano com chave de ouro. Selecionei 4 pérolas que você PRECISA ver! Boa sessão!
Bird Box (2018)
Num cenário pós-apocalíptico onde o simples olhar pode te levar à morte, uma mãe e seus dois filhos atravessam um rio de olhos vendados em um barco, em busca de um lugar seguro.
O Homem Que Não Vendeu Sua Alma (A Man for All Seasons – 1966)
Na Inglaterra do século XVI, Henrique VIII (Robert Shaw) planeja se separar de sua primeira esposa para se casar com Ana Bolena (Vanessa Redgrave), mas não recebe a aprovação de Thomas More (Paul Scofield), um fervoroso católico que se tornou Lord Chanceler, um altíssimo posto que ele preferiu renunciar a trair suas convicções. Entretanto, a importância de Sir Thomas é tão grande que mesmo após sua renúncia o rei continua lhe perseguindo. Até que surgem “provas” que o incriminam como alta traição, um crime punido com a morte.
Roma (2018)
Uma história que narra um ano na vida de uma família de classe média na Cidade do México no início dos anos 70. Belíssima declaração de amor do roteirista/diretor mexicano Alfonso Cuarón à Libo, a empregada doméstica que cuidou dele na infância. “Roma”, que leva o nome do bairro em que ele morava, é um retrato sincero, pessoal e afetuoso de pessoas que, assim como os aviões que são captados com frequência nos céus, compartilham tragédias transitórias. O drama íntimo da protagonista, introvertida, porém, amável e vivaz no olhar, é ter a consciência de que não pertence àquela realidade, apesar de ter papel fundamental em todas as situações, o problema está na função que ela exerce, algo que a define como mulher. O seu arco narrativo consiste na gradativa compreensão de que as coisas só vão melhorar quando ela entender que apenas as atitudes importam, a superação de todos os medos (leitmotiv que é trabalhado em uma das sequências mais fortes).
Feliz Como Lázaro (Lazzaro Felice – 2018)
Nesta leitura livre da história bíblica, Lazzaro (Adriano Tardiolo) é um garoto pobre e pouco inteligente, mas extremamente bondoso. Ele é explorado pelos familiares, fazendo trabalhos forçados diariamente, além de colaborar com a marquesa, proprietária das terras onde vivem. Há uma sequência poderosa em sua metáfora que sintetiza a beleza do filme. O grupo de personagens marginalizados adentra uma igreja, atitude que incomoda os religiosos que repetiam o ritual tradicional, envolvendo uma música tocada ao piano. Os escravos inseguros que utilizam a fé como muleta conseguem rapidamente expulsar aquelas pessoas do ambiente que para eles é sagrado. A música então abandona literalmente o órgão da igreja e acompanha os pobres pelas ruas, buscando a pureza que os dogmas destruíram ao longo das décadas.
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