Os Tenebrosos (Snake River Desperadoes – 1951)
Tramando um esquema para vender rifles aos índios como uma proteção contra os colonos brancos, Jim Haverly (Monte Blue) trabalha contra os dois lados fazendo seus capangas se disfarçarem de índios e atacar os colonos. Com os fazendeiros se preparando para vingança contra os índios, o plano de Haverly está funcionando bem até que Steve Reynolds, o Durango Kid (Charles Starrett) aparece e, com a ajuda de um menino branco (Tommy Ivo), seu jovem amigo índio (Don Reynolds ) e seu ajudante trapalhão Smiley (Smiley Burnette), começa a descobrir quem são os verdadeiros vilões.
Charles Starrett interpretou o mascarado “Durango Kid” em mais de sessenta faroestes-B da Columbia Pictures, marcados pelo baixíssimo orçamento (prejudicado também pelo declínio do formato à época, com a ascensão da televisão), até mesmo para os padrões modestos do gênero, com farta reutilização de cenas e tramas bastante simples. Os melhores, sem sombra de dúvida, foram aqueles dirigidos por Fred F. Sears, contando com o alívio cômico vaudevilliano de Smiley Burnette, que vivia às turras com o protagonista nos bastidores.
“Os Tenebrosos” é o equilíbrio perfeito da fórmula já muitas vezes testada, tudo funciona bem, o ritmo é empolgante e a ação é captada com boa dose de ousadia estética pela câmera, com direito a elaborados travellings e uma utilização expressionista noir da iluminação, elementos que não esperamos encontrar nestes projetos despretensiosos.
O Gavião do Rio Bravo (The Hawk of The Wild River – 1952)
Durango Kid é enviado para a cidade de Rio Bravo para eliminar uma gangue de malfeitores liderada pelo terrível Gavião (Clayton Moore). Em uma tentativa de assassinar o xerife Jack Mahoney (Jack Mahoney), Gavião é preso e aprisionado na cadeia local. Com a ajuda de seu inseparável amigo Smiley, o Durango Kid organiza um plano infalível para se infiltrar na gangue, e organizar uma armadilha para prendê-los durante um novo assalto à cidade.
A participação do competente Howard J. Green, do excelente “O Fugitivo” (I am a Fugitive from a Chain Gang – 1932), no roteiro foi crucial na escolha, além, claro, da presença de Fred F. Sears na direção, que, novamente opera milagres com o baixíssimo orçamento. O caminho mais comum e confortável nestes faroestes-B era entregar as cenas o mais rápido possível, o público-alvo, formado principalmente por crianças, sequer percebia que algumas sequências eram tiradas de outros filmes, não havia necessidade de complicar o processo. Ao optar criativamente por enquadramentos mais elaborados, Sears deixava claro uma forte assinatura autoral. É válido ressaltar a presença de outro medalhão do gênero, Clayton Moore, o eterno “Cavaleiro Solitário” (Lone Ranger), vivendo o vilanesco Gavião.
O conceito do herói que se infiltra na gangue inimiga é sempre narrativamente deliciosa, desta feita não é diferente, um recurso que possibilita a Starrett novos ares como ator, oportunidade que ele agarra com unhas e dentes, explorando nuances que seriam impossíveis como o “mocinho” da trama.
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