ThunderCats (1985 a 1989)
Os habitantes do planeta Thundera evacuam o lugar pouco antes de ele ser destruído. Estavam sendo perseguidos por um bando de mutantes. Porém, todas as naves que escaparam foram destruídas: exceto uma. Somente um pequeno grupo de ThunderCats sobrou vivo. Com pouca energia, a nave, comandada por Jaga, pousou no planeta mais próximo. Eles precisam defender o Olho Místico de Thundera, a fonte do poder dos ThunderCats, dos Mutantes, que querem destruí-la.
Os personagens criados por Theodore Wolf, animados pela produtora japonesa Pacific Animation Corporation, produzidos pela Rankin/Bass Productions, seguem vivos no imaginário coletivo da geração, na qual me incluo, que acompanhou na infância as suas aventuras.
Ao contrário de similares da época, como “He-Man”, não foi idealizado apenas como desculpa para vender brinquedos, algo que explica a diferença gritante de qualidade nos roteiros, havia preocupação em criar um universo fincado na ficção científica, com várias referências à “Perdidos no Espaço” e “Star Wars”, que atraísse a atenção dos pequenos e de seus pais. O elemento que solidificou esta equação foi a impecável trilha sonora composta por Bernard Hoffer, com direito à uma música-tema verdadeiramente memorável, com forte pegada rock’n’roll.
No Brasil, vale ressaltar o brilhantismo da dublagem produzida pela Herbert Richers, dirigida por Ricardo Schnetzer, Ângela Bonatti e Newton Da Matta (Lion), contando ainda com os talentos de Francisco Barbosa (Tygra), Francisco José (Panthro), Carmen Sheila (Cheetara), Nizo Neto (Wilykat), Marisa Leal (Wilykit), Élcio Romar (Snarf), Garcia Neto (Jaga), Silvio Navas (Mumm-Ra), entre muitos outros.
Um dos toques mais bonitos nos episódios era a fidelidade do felpudo Snarf com Lion, que ele ainda enxergava como o menino que protegia em seu planeta de origem. Aliás, a amizade foi um tema muito bem desenvolvido na saga, a garotada se emocionava quando o grupo atendia o chamado da espada justiceira nos momentos de maior perigo.
E nada disto seria crível sem um antagonismo competente. A imagem do vilão Mumm-Ra, nas duas versões, múmia e monstro, apavorava os pequenos na frente da televisão, a gente realmente virava o rosto em alguns momentos, mérito dos desenhistas japoneses, acostumados historicamente à nunca subestimar a inteligência das crianças.
O conceito de um grupo que precisava se adaptar à uma nova realidade em um mundo estranho falava diretamente ao coração da criança que enfrentava diariamente a rotina escolar, a conexão emocional, ainda que inconsciente, urgia pela repetição.
Outra característica que potencializava a identificação era a composição deste grupo, os indivíduos tinham habilidades diferentes e que se complementavam, Cheetara era veloz, Panthro era um líder nato, Tygra oferecia a racionalidade do cientista e se tornava invisível com sua boleadeira, já Lion representava uma variação do mito arturiano. Separados, eles davam trabalho aos inimigos, juntos, eles eram imbatíveis.
“ThunderCats” foi um dos meus desenhos favoritos, continua muito eficiente em revisão, com seu charme intacto. É uma pena que a criançada de hoje tenha como entretenimento youtubers tolos e animações tão desleixadas.
Cotação:
Música de abertura composta por Bernard Hoffer:
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