Planeta dos Macacos (Planet of The Apes – 1974)
Eu cresci apaixonado pelos cinco filmes clássicos da franquia, já escrevi textos até abordando especificamente as minhas aventuras pelas locadoras de vídeo à época para conseguir alguns títulos, amparado em análises que outro fã, o amigo Saulo Adami, preparava para a saudosa revista Cinemin.
A gênese é o livro do francês Pierre Boulle, mas a fórmula vitoriosa, o tempero especial que faz o conceito se manter vivo ainda hoje na indústria cinematográfica é a combinação dos talentosos Rod Serling e Michael Wilson no roteiro do original de 1968, dirigido por Franklin J. Schaffner, com o carisma imbatível de Charlton Heston (Taylor), Roddy McDowall (Cornelius) e Kim Hunter (Zira). O que muitos não lembram é que após o desfecho da saga em “Batalha do Planeta dos Macacos” (1973), a aventura migrou para a televisão.
A série era cronologicamente ambientada entre o desfecho esperançoso narrado por John Huston em “Batalha do Planeta dos Macacos” e a realidade apocalíptica dos dois primeiros filmes, com humanos subjugados, porém, ainda falantes, trazendo de volta o coração da franquia, Roddy McDowall (vivendo um novo personagem, o espirituoso chimpanzé Galen), acompanhado desta vez pela dupla de astronautas Alan Virdon (Ron Harper) e Peter Burke (James Naughton), química que funcionava muito bem. O antagonismo representado por Zaius (Booth Colman) e o gorila Urko (Mark Lenard) garantia a diversão. Ela durou apenas uma temporada, transmitida originalmente nas noites de sexta-feira pela norte-americana CBS, teve quatorze episódios produzidos.
Vale destacar a excelente trilha sonora composta pelo grande Lalo Schifrin, mantendo a aura enigmática na assinatura que Jerry Goldsmith criou para os filmes. Os roteiros equilibravam o humor pensado para cativar o público infanto-juvenil e a pegada sombria estabelecida no inesquecível desfecho de “A Fuga do Planeta dos Macacos” e, principalmente, em “A Conquista do Planeta dos Macacos”, resultando em um charmoso híbrido sui generis. No início da década de 90, ela foi reexibida no Brasil pelo SBT nas manhãs de domingo, eu aguardava ansiosamente a semana inteira e gravava tudo em VHS.
As tramas tocavam em diversos assuntos, quase sempre criticando todos os tipos de preconceito e evidenciando a necessidade de cooperação entre humanos e símios, o senso de ameaça era transmitido competentemente, as limitações de orçamento trabalhavam favorecendo a criatividade dos roteiristas.
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MELHORES EPISÓDIOS:
A Armadilha (The Trap)
Burke e Urko são forçados a trabalhar juntos quando eles estão enterrados vivos em uma velha estação de metrô durante um terremoto.
A Herança (The Legacy)
Ao explorar as ruínas de Oakland, Califórnia, Virdon e Burke encontram uma mensagem de cientistas que podem ajudá-los a descobrir o que aconteceu com sua civilização.
O Logro (The Deception)
Enquanto Galen e Virdon caçam um bando de criminosos, a filha símia cega da última vítima se apaixona por Burke, sem saber que ele é humano.
O Interrogatório (The Interrogation)
Burke é capturado e interrogado por uma símia usando um velho livro sobre técnicas de lavagem cerebral.
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Abertura com o tema composto por Lalo Schifrin:
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