Críticas

“Tambores da Morte”, de Nathan Juran, com AUDIE MURPHY

Tambores da Morte (Drums Across the River – 1954)

Crown City pode se tornar uma cidade fantasma, pois todo o seu ouro está localizado em terra indígena. Gary Brannon (Audie Murphy), um homem honesto que odeia índios, se junta a uma missão para tentar concessões de mineração, mas o líder do grupo, o ganancioso Frank Walker, planeja em segredo começar uma guerra contra os índios para tomar suas terras.

Hoje injustamente esquecido, Audie Murphy foi um dos heróis de guerra mais condecorados e famosos da Segunda Guerra Mundial. Ele prezava tanto sua imagem como modelo de boas condutas, que recusava participar de comerciais de álcool e cigarro.

Incentivado por James Cagney, estudou métodos de atuação. Durante vinte anos, teve sua respeitabilidade utilizada pela indústria de cinema, como o mocinho de obras de guerra e, em sua maioria, faroeste.

Ainda que não tenha participado de nenhuma obra-prima no gênero, “Tambores da Morte”, dirigido por Nathan Juran, que quatro anos depois viria a comandar “Simbad e a Princesa”, clássico do saudoso Ray Harryhausen, é um dos mais divertidos, com a presença sempre carismática de Walter Brennan.

Os dois vilões, vividos por Lyle Bettger e Hugh O´Brien, elevam a qualidade do roteiro, mastigando cada cena, como Steve McQueen fazia muito bem, como se fosse a última. Murphy atua de forma correta, mas é eclipsado sempre que contracena com os dois.

Octavio Caruso

Viva você também este sonho...

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