Sangue na Veia (In The Blood – 2014)
Durante sua lua de mel no Caribe, um homem (Cam Gigandet) desaparece. Sem ajuda das autoridades locais, a esposa (Gina Carano) inicia uma busca incansável para encontrar os criminosos que levaram o seu marido.
Gina Carano apareceu nas manchetes recentes por ter sido “cancelada” pela patota da patrulha do terrível “politicamente correto”, demitida de uma série medíocre produzida pela Disney, o que, para qualquer adulto minimamente inteligente representa a confirmação de seu bom caráter. Até mesmo quem desconhecia a jovem, ficou interessado em buscar seus trabalhos. Ela, bela lutadora de MMA, decidiu se aventurar no mundo do cinema, participou de projetos como “Deadpool” e “Lutador de Rua”, mas seu melhor trabalho como protagonista é o eficiente “Sangue na Veia”.
A heroína da trama, Ava (Carano), foi criada desde adolescente para enfrentar o medo, rejeitar o vitimismo, os métodos utilizados foram radicais para dizer o mínimo, mas o resultado é inegável, a jovem está mais do que preparada para qualquer eventualidade agressiva, ela sabe se defender, o desafio em sua vida adulta é aprender a se entregar emocionalmente, colocar-se na posição naturalmente frágil de companheira romântica. O marido desaparecido em condições traumáticas desperta nela o gatilho psicológico que havia sido conscientemente anestesiado nos anos anteriores.
O mérito maior do filme é ludibriar o público inicialmente, sugerindo uma história comum de vingança, mas revelando no segundo ato uma reviravolta corajosa, inserindo como vilão um esquema criminoso que envolve sequestro para tráfico de medula óssea. Hoje, com o experimento de engenharia social global, todos os lúcidos já entendem que a classe médica é capaz de participar ativamente de planos nefastos, mas insinuar algo assim em 2014 não era uma atitude banal. O tema é tão espinhoso que nem as feministas de plantão celebraram esta protagonista “empoderada”. Talvez este filme também explique porque Carano entrou no radar dos titereiros dos “canceladores”, afinal, ajudar a (direta ou indiretamente) “acordar” a massa para o que realmente acontece por trás dos panos pode ser extremamente perigoso.
As sequências de ação empolgam, com a coreografia enfatizando o impacto destruidor dos golpes, a precisão dos movimentos. O carisma de Carano é indiscutível, mas ela surpreende como atriz dramática em cenas como a que defende na incessante busca pelo marido nos hospitais, o seu desespero é latente, ela inteligentemente traz a emoção para o olhar, evitando o equívoco comum em profissionais com pouca experiência de potencializar o gestual.
“Sangue na Veia” é uma pérola de ação que infelizmente foi jogada para baixo do tapete pelo sistema.
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Despertou a vontade de ver o filme. Vou assistí-lo.