Stargate (1994)
Egiptólogo (James Spader) é convidado a trabalhar em base secreta e, em contato com anel de trinta metros coberto de hieróglifos, descobre a chave para se chegar a um novo mundo. Junto com uma tropa de elite, liderada por Jack O’Neil (Kurt Russell), atravessa o portão e vive uma experiência inimaginável.
É incrível pensar que esta pérola independente, que teve uma produção tão caótica, fez tanto sucesso nas bilheterias, gerando expansão em séries, jogos e revistas em quadrinhos. O conceito é tão fascinante que segue eficiente, apesar da indústria de efeitos especiais ter evoluído bastante.
A participação de Jaye Anderson, como Ra, foi uma constante fonte de dores de cabeça para todos os envolvidos, já que, na época, ele estava mentalmente perturbado pelo vício em psicotrópicos, tendo dificuldade de memorizar suas falas. No roteiro original, ele não era um alienígena, mas foi uma estratégia para disfarçar as falhas, Emmerich pediu para que sua voz e seus olhos fossem alterados na pós-produção, na tentativa de que tornasse sua figura (apática) mais ameaçadora. O ator só descobriu a mudança na véspera da estreia, mas, consciente de sua dificuldade, ficou grato por terem mantido ele na obra.
A contratação de Kurt Russell também foi complicada, já que, por engano, enviaram para ele um rascunho inicial do roteiro, muito fraco, o que fez com que o ator rejeitasse seguidamente participar. Após muita insistência e um considerável aumento no cachê, ele aceitou, as filmagens começaram, mas é possível perceber o desinteresse dele em algumas cenas. James Spader também se mostrou irritado com os diálogos, mesmo na versão final do roteiro, discussões acaloradas causavam atrasos, em suma, o clima nos sets estava longe de ser agradável. O tom da história foi sendo lapidado durante o processo, mas, ao final, a equipe ficou satisfeita com o resultado da guerra criativa.
A ideia da trama nasceu inspirada no documentário “Eram os Deuses Astronautas?“, de 1970, adaptação do clássico livro do suíço Erich von Däniken, que Emmerich viu na faculdade de cinema. O toque de gênio foi explorar a expectativa do público apaixonado por ficção científica, o produtor Dean Devlin, trekkie desde criança, começou a visitar todas as convenções geeks seis meses antes da estreia, apresentando o projeto, utilizando como novidade a questão da linguagem criada especialmente para “Stargate”, algo que, obviamente, não fazia sentido algum, mas que despertava o interesse da garotada.
Um dos méritos inegáveis do filme é a trilha sonora, composta pelo britânico David Arnold, que estava iniciando na indústria e já foi inteligentemente “com o pé na porta”, o seu trabalho brilhante atraiu a atenção de todos, anos depois ele se tornaria a assinatura musical da franquia 007 (o primeiro foi “O Amanhã Nunca Morre”, de 1997). A pegada grandiosa de Arnold eleva a trama, preenchendo lacunas, injetando o senso épico que, por vezes, é prejudicado pelo texto.
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