Os Músicos de Gion (Gion Bayashi – 1953)
Pós-guerra, distrito de Gion em Kyoto. A mulher da vida Miyoharu (Michiyo Kogure) aceita Eiko (Ayako Wakao), de apenas 16 anos, como aprendiz.
Após o falecimento da mãe, uma adolescente se vê obrigada a trilhar o mesmo caminho dela, tornando-se uma mulher da vida, como forma de fugir do tio, o elo com o conceito familiar, alguém que estava disposto a fazer a menina pagar pelo funeral com sua pureza.
Novamente, Mizoguchi aborda a questão da representatividade da mulher na sociedade japonesa, o conflito entre a tradicional submissão/exploração e o aflorar dos impulsos naturais por uma individualidade livre de rituais predeterminados.
Ao procurar o treinamento com a experiente Miyoharu, uma relação tratada inteligentemente pelo roteiro com bastante ternura, com alguns enquadramentos sugerindo até mesmo um corajoso romance, ela decide forjar sua resiliência injetando um elemento novo na equação desgastada, a recusa de se deitar com homens que ela não considera interessantes, além da insinuação de que qualquer abuso cometido contra uma mulher da vida deveria ser punido por lei, um pensamento revolucionário para a época. Eiko encontra a voz de sua resistência, rejeitando a ideia de ter um generoso patrocinador.
Quando seu pai aparece endividado e implorando por dinheiro, sem se preocupar com a origem do mesmo, a jovem percebe que sua função não a fez ser menos decente.
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