Críticas

Dica do DTC – “A Luta Por Um Ideal”, de Daniel Barnz

No “Dica do DTC”, a nova seção do “Devo Tudo ao Cinema”, a intenção não é entregar uma longa análise crítica, algo que toma bastante tempo, mas sim, uma espécie de drops cultural, estimulando o seu garimpo (lembrando que só serão abordados filmes que você encontra com facilidade em DVD, streaming ou na internet). O formato permite que mais material seja produzido, já que os textos são curtos e despretensiosos.

***

A Luta Por Um Ideal (Won’t Back Down – 2012)

Inconformadas com a situação precária da escola de seus filhos, uma professora (Viola Davis) e uma mãe (Maggie Gyllenhaal) unem forças  para enfrentar a corrupção poderosa e entrincheirada da presidente do sindicato dos professores (Holly Hunter) e do diretor da escola (Bill Nunn). As bravas mães arriscam tudo para fazer a diferença na educação e no futuro de seus filhos.

É comum que veículos sobre cinema aproveitem o Dia do Professor no Brasil para celebrar projetos que abordem temas da agenda progressista, como vitimismo social, mas todo indivíduo lúcido já entendeu que existem professores íntegros, que verdadeiramente honram a nobre profissão, mas que há também uma massa de profissionais, aplaudidos pelos sindicatos, que estão mais preocupados com a formação de uma nova geração de militantes de esquerda, do que em alfabetizar com excelência ou estimular o raciocínio lógico em seus alunos.

Claro, a estratégia faz sentido, jovens com avançada capacidade cognitiva jamais abraçariam o ideário marxista, jamais seriam manipulados por discursos simplistas e intelectualmente desonestos. Dito isto, há um filme, inspirado em uma história real, obviamente apedrejado à época pelos sindicatos de professores e pela imprensa, que corajosamente alertou sobre a necessidade dos pais se manterem vigilantes sobre o material que está sendo oferecido aos seus filhos nas escolas.

“A Luta Por Um Ideal” sofreu todo tipo de ataque em seu lançamento, apesar de ter um elenco respeitadíssimo e uma produção competente, foi demonizado, boicotado, matérias acusavam o golpe, afirmavam que a produção havia sido financiada por ativistas conservadores cristãos, em suma, o sistema vestiu a carapuça.

Analisando tecnicamente, a trama é inspiradora, emociona bastante, não se debruça demais nos clichês, encanta qualquer professor sério, digno. A mensagem final, transmitida com eficiência cirúrgica, vai incomodar apenas os canalhas na área.

Octavio Caruso

Viva você também este sonho...

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