No “Dica do DTC”, a nova seção do “Devo Tudo ao Cinema”, a intenção não é entregar uma longa análise crítica, algo que toma bastante tempo, mas sim, uma espécie de drops cultural, estimulando o seu garimpo (lembrando que só serão abordados filmes que você encontra com facilidade em DVD, streaming ou na internet). O formato permite que mais material seja produzido, já que os textos são curtos e despretensiosos.
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Sobra Um Cadáver (One Body Too Many – 1944)
Um tímido investigador de seguros (vivido por Jack Haley, mais conhecido como o Homem de Lata, de “O Mágico de Oz”) adentra uma mansão assustadora para proteger um milionário que recebeu ameaças de morte contra ele. Em vez disso, ele descobre que o homem morreu recentemente e sua mansão está agora cheia de parentes que são, de acordo com o testamento, todos obrigados a permanecer na mansão até que uma abóbada de vidro seja construída no telhado, para abrigar o milionário falecido que era um ardente apaixonado por astrologia.
Uma comédia fascinante da fase crepuscular da carreira do inesquecível Bela Lugosi, infelizmente pouco conhecida, que conta com a presença sempre encantadora de Jack Haley, vivendo um tipo hilário que se coloca nas situações mais absurdas; o ponto alto é quando ele se percebe dentro de um caixão em movimento. Vale destacar que o roteiro foi muito influenciado por “O Gato e o Canário”, projeto hilário com Bob Hope e Paulette Goddard, que havia sido lançado em 1939.
A construção de clima é impecável nesta pérola de baixíssimo orçamento da linha de filmes B da Paramount, mérito da fotografia de Fred Jackman Jr., apesar dos momentos cômicos, a atmosfera de estranheza se mantém palpável em todas as cenas, utilizando bem as sombras, como quando o investigador apavorado lê o livro de terror no quarto vazio, sem perceber as mãos que parecem sair da parede em sua direção.
Lugosi, ícone do terror, brinca com sua persona pública, vivendo o mordomo sombrio que tenta, a todo momento, envenenar os hóspedes, gag que funciona exatamente por causa da forma sóbria com que ele defende o personagem.
Eu facilitei o seu garimpo cultural, selecionando os melhores filmes dentre aqueles títulos que entraram…
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No “Dica do DTC”, a nova seção do “Devo Tudo ao Cinema”, a intenção não…
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