Argélia (Algiers – 1938)
Pepe Le Moko é um perigoso bandido que ao descobrir que a polícia está em seu encalço, resolve se esconder, mas comete um grande erro ao deixar seu esconderijo pelo amor de uma bela mulher.
Competente refilmagem do sucesso francês do ano anterior, “O Demônio da Argélia” (Pépé le Moko), de Julien Duvivier, esta produção de Walter Wanger foi o primeiro trabalho da estonteante e brilhante austríaca Hedy Lamarr em Hollywood, após chocar o mundo com sua ousada nudez no tcheco “Êxtase” (1933), a obra serviu também como uma das inspirações para os roteiristas de “Casablanca”, que, aliás, escreveram pensando em Lamarr para o papel que viria a ser eternizado por Ingrid Bergman.
O nível de tensão é muito amenizado nesta releitura, não há interesse em correr riscos, a proposta e o mercado eram bem diferentes, mas, fora a presença hipnotizante de Lamarr, um ponto que merece ser destacado é a opulenta fotografia do chinês James Wong Howe, assim como a opção de desfecho, um dos raros momentos narrativos em que a versão supera o original.
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