Flor do Mal (The Strange Woman – 1946)
A bela Jenny (Hedy Lamarr) descobre que sempre pode conseguir o que quer dos homens no porto de Bangor, no Maine, em 1820. Libertada pela morte de seu pai bêbado, ela logo manobra para se casar com empresário (George Sanders) local endinheirado.
O diretor austríaco Edgar G. Ulmer era famoso por produzir com rapidez e baixíssimo orçamento, extraindo leite de pedra, mas com “Flor do Mal”, algo atípico em sua carreira, ele foi presenteado com mais dinheiro, mais tempo para as filmagens e, principalmente, um elenco de alta qualidade.
É, ainda assim, uma produção independente, financiada em parte pela própria estrela, Hedy Lamarr, visando, obviamente, terreno fértil para que pudesse demonstrar sua habilidade como atriz e, quem sabe, conquistar um prêmio. O resultado é acima da média, o material original realmente se sobressai pela complexidade na construção da protagonista, um desafio que Lamarr enfrentou com desenvoltura, sem dúvida, seu melhor momento como atriz.
Infelizmente a indústria norte-americana não aproveitou bem seu talento, ela foi vítima de preconceito por ter sido apresentada ao mundo despida em “Êxtase”, os engravatados da época não consideravam seu nome para papeis mais exigentes.
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