Sede de Viver (Lust for Life – 1956)
Cinebiografia do pintor Vincent Van Gogh (Kirk Douglas) com base em sua correspondência com o irmão, seu incentivador moral e financeiro. Mostra o artista torturado pela própria genialidade e obsessão pela pintura, em uma vida cheia de relacionamentos problemáticos.
Kirk Douglas, em grande momento, vive Van Gogh em um roteiro de estrutura linear, que se foca nos conflitos internos do artista, sem romantizar o homenageado, expondo seu gradual abraço na insanidade, com as suas telas exibidas durante as cenas, um recurso que traz ainda mais elegância ao projeto, evitando o didatismo que seria mais cômodo.
O roteiro inteligente de Norman Corwin, adaptando o livro homônimo de Irving Stone, acerta ao evidenciar o vazio existencial que o artista sentia, uma sede que ele não conseguia saciar, elemento potencializado pela entrega visceral de Douglas. Vale destacar também a presença do grande Anthony Quinn, vivendo Paul Gauguin, uma relação de amizade plena em divergências e com contornos destrutivos.
Não há interesse em especular ou forçar a mão no sensacionalismo, o material humano é o que verdadeiramente interessa ao diretor, perscrutar a mente, analisar os comportamentos, enfatizando os pontos da vida do protagonista que forjaram o legado precioso, estabelecendo ao final uma reflexão muito sensível sobre a necessidade da arte na vida de cada indivíduo, uma jornada emocional emoldurada pela linda trilha sonora do mestre húngaro Miklós Rózsa.
No “Dica do DTC”, a nova seção do “Devo Tudo ao Cinema”, a intenção não…
Eu facilitei o seu garimpo cultural, selecionando os melhores filmes dentre aqueles títulos que entraram…
No “Dica do DTC”, a nova seção do “Devo Tudo ao Cinema”, a intenção não…
Megalópolis (Megalopolis - 2024) A cidade de Nova Roma é palco de um conflito entre…
Eu facilitei o seu garimpo cultural, selecionando os melhores filmes dentre aqueles títulos que entraram…
Eu facilitei o seu garimpo cultural, selecionando os melhores filmes dentre aqueles títulos que entraram…