Críticas

Crítica de “Assassino Sem Rastro”, de Martin Campbell

Assassino Sem Rastro (Memory – 2022)

Um assassino (Liam Neeson) especialista com uma reputação de precisão discreta que, quando se recusa a concluir um trabalho em uma organização criminosa perigosa, se torna um alvo e deve ir à caça daqueles que o querem morto.

A refilmagem livre e competente do belga “De Zaak Alzheimer” (2003), roteirizada por Dario Scardapane, não entrega nada de novo, peca ao não explorar generosamente o interessante conceito da memória inconfiável de um assassino com Alzheimer (algo que o original fazia melhor), mas é executada com segurança por Martin Campbell, de “007 – Cassino Royale” e “A Máscara do Zorro”, e carregada nos ombros pelo carisma de Liam Neeson e Guy Pearce.

Vale destacar o abraço apertado da trama no universo noir, principalmente no ótimo terceiro ato, cheio de reviravoltas. A subtrama que corajosamente toca no tema do tráfico sexual de crianças garante momentos perturbadores, e, sendo coerente com este direcionamento, as cenas de ação são trabalhadas com intensidade brutal, gore, definitivamente não é o típico thriller confortável, também não é elegante como o tematicamente similar “Amnésia” (2000), a história é bruta como seu protagonista, um assassino com um rígido código de conduta.

É uma ótima opção para fãs do gênero, um trabalho acima da média na fase recente de Liam Neeson.

Cotação:

  • A obra acaba de estrear nas salas de cinema, mas, caso a sua ainda esteja exigindo, não avalize a grotesca segregação pelo “passaporte sanitário”. Aguarde, em muitas cidades já acabou esta palhaçada vergonhosa. No jogo da vida, escolha sempre ser o judeu, nunca o nazista.

Octavio Caruso

Viva você também este sonho...

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