Críticas

Dica do DTC – “Provocação de Amor”, com CLARA BOW

No “Dica do DTC”, a nova seção do “Devo Tudo ao Cinema”, a intenção não é entregar uma longa análise crítica, algo que toma bastante tempo, mas sim, uma espécie de drops cultural, estimulando o seu garimpo (lembrando que só serão abordados filmes que você encontra com facilidade em DVD, streaming ou na internet). O formato permite que mais material seja produzido, já que os textos são curtos e despretensiosos.

***

Provocação de Amor (Mantrap – 1926)

Uma jovem manicure que vive com seu marido mais velho em uma pequena cidade canadense se vê atraída por um jovem, rico e famoso advogado de divórcio que vem à cidade de férias.

Hoje em dia já é difícil encontrar um adulto brasileiro que se importe em estudar sobre a era silenciosa do cinema, a garotada então, despreza solenemente, exatamente por este motivo considero tão importante, enquanto profissional da área, estimular a valorização deste período fascinante e fundamental para a sétima arte.

Clara Bow foi uma das poucas atrizes hollywoodianas da era silenciosa que conseguiram manter suas carreiras após a transição para o cinema falado, mas o seu momento como a “It Girl” (em tradução livre, garota com borogodó) foi insuperável, graças à sua presença em “It” (1927), ela alcançou fama global, tornou-se símbolo sexual, estrelou no mesmo ano talvez o filme mais importante de sua carreira, o monumental “Asas”, melodrama de guerra comandado por William A. Wellman, o primeiro longa ganhador do Oscar de Melhor Filme. Mas, antes de explodir nas capas das revistas, ela participou de “Provocação de Amor”, uma deliciosa comédia dirigida pelo grande Victor Fleming, que faria, anos depois, “E o Vento Levou”.

Bow vive Alverna, a radiante manicure que cura os corações solitários de Joe (Ernest Torrence) e Ralph (Percy Marmont). Os textos críticos da época afirmavam algo que eu assino embaixo, a jovem carrega nas costas o filme com seu carisma e sua personalidade esfuziante, fica difícil prestar atenção em qualquer coisa quando ela está em cena, e, apesar da qualidade do produto como um todo, quando ela não está, fica difícil não torcer para que ela volte logo.

Uma pérola cômica que segue eficiente, verdadeiramente um dos melhores filmes da era silenciosa.

  • Você encontra o filme facilmente garimpando na internet.
Octavio Caruso

Viva você também este sonho...

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