Críticas

Dica do DTC – “Rose Marie”, de W. S. Van Dyke

No “Dica do DTC”, a nova seção do “Devo Tudo ao Cinema”, a intenção não é entregar uma longa análise crítica, algo que toma bastante tempo, mas sim, uma espécie de drops cultural, estimulando o seu garimpo (lembrando que só serão abordados filmes que você encontra com facilidade em DVD, streaming ou na internet). O formato permite que mais material seja produzido, já que os textos são curtos e despretensiosos.

***

Rose Marie (Rose-Marie – 1936)

Marie de Flor (Jeanette MacDonald) é uma glamorosa “obra-prima” canadense, reconhecida por sua beleza, temperamento genioso e magnífica voz. Quando recebe a notícia de que seu irmão Jack (James Stewart) foi ferido durante uma fuga e matou um guarda da polícia montada, Marie decide que ela deve ir urgentemente ao seu encontro.

Em seu caminho ela encontra o sargento Bruce (Nelson Eddy), que está caçando o fugitivo. Inevitavelmente, Marie e Bruce cairão de amores um pelo outro, e muita confusão se desenrolará a partir deste romance proibido, já que o irmão de Marie é um procurado da polícia montada.

Eu sempre amei musicais, escutava ópera quando criança, estudava em casa sobre as histórias delas, fascinado pela teatralidade e o romantismo, logo, fui apresentado cedo às operetas de Nelson Eddy e Jeanette MacDonald.

Não era fácil encontrar os filmes em VHS, creio que gravei um deles em exibição televisiva, mas escutava os LPs. Eu só tive contato direto com as obras na fase inicial de garimpo na internet, e, claro, com os lançamentos da distribuidora “Classicline” em seus primeiros anos de atuação no mercado, época em que adquiri vários para a coleção.

“Primavera” (1937), “Oh, Marietta!” (1935) e “Balalaika” (1939) são lindos, mas há algo em “Rose Marie” que, aos meus olhos, torna a obra mais eficiente enquanto cartão de apresentação para possíveis interessados, até mesmo aqueles que não apreciam sobremaneira o gênero, talvez a construção engenhosa do roteiro, ou o maravilhoso dueto na bela “Indian Love Call” (Rudolf Friml, Herbert Stothart, Otto Harbach e Oscar Hammerstein II), que se tornou um momento icônico na carreira da dupla.

Uma pérola que merece ser redescoberta pela nova geração, tão carente de elegância e sensibilidade.

  • Adquira o filme em DVD na loja da querida distribuidora “Classicline”, AQUI.

Octavio Caruso

Viva você também este sonho...

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