O Protetor (The Equalizer – 2014)
Robert McCall (Denzel Washington) é um ex-oficial das forças especiais que simulou sua morte para viver uma vida tranquila em Boston. Quando ele sai de sua aposentadoria para resgatar uma jovem, Teri (Chloë Grace Moretz), ele se encontra frente a frente com criminosos russos. Enquanto ele pratica atos de vingança contra todos os que agem brutalmente sobre pessoas indefesas, seu desejo de justiça se reacende.
Quando esta pérola estreou em 2014, eu lembro que meus colegas críticos apedrejaram sem piedade, achei uma atitude muito esquisita, intelectualmente desonesta, que não levava em consideração a proposta da obra, mas o processo de demonização de personagens masculinos fortes na indústria já havia começado, hoje podemos enxergar claramente os fios nos dedos dos titereiros, mas na época a engenharia social se exibia com sutileza.
O importante é que o público amou o resgate da série “O Justiceiro” (1985), o lucro nas bilheterias mundiais foi estrondoso, a massa pediu muito e recebeu, anos depois, uma boa continuação nas telonas. E, nenhuma surpresa para os lúcidos, a própria série retornou à televisão em 2021, só que agora sem um “macho tóxico”, protagonizada pela Queen Latifah. Patético mundo moderno…
O filme é entretenimento em estado puro, com objetividade no roteiro sem firulas de Richard Wenk, comandado com a competência usual do diretor Antoine Fuqua, e, sem dúvida, engrandecido pela entrega irrepreensível, furiosamente serena, de um dos melhores atores de sua geração, o grande Denzel Washington.
A capacidade do protagonista antecipar com precisão sherlockiana os movimentos de seus oponentes, e, com pleno controle emocional, eliminar as ameaças de forma extremamente rápida e brutal, injeta no desenvolvimento do personagem uma misteriosa camada psicológica, um homem culto (a leitura dos clássicos é um elemento que se destaca) que reconhece ser impossível impedir uma guerra com gentileza, alguém que sabe que a demonstração da fraqueza apenas alimenta a sanha persecutória do inimigo.
Um ponto brilhante que agrega sensorialmente no resultado é o fato de que todos os vilões na trama subestimam absurdamente a sua figura, eles enxergam no rosto pétreo de McCall um enigma insolúvel, logo, sentem medo, e, por conseguinte, extravasam o ímpeto indesejado projetando a sua antítese, a confiança, que, por ser falsa, soa caricata, vazia.
“O Protetor” segue eficiente em revisão, um FILMAÇO de ação para ninguém botar defeito!
Trilha sonora composta por Harry Gregson-Williams:
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