Action Jackson (1988)
O detetive Jericho Jackson (Carl Weathers) está atrás de Peter Dellaplane (Craig T. Nelson), um magnata acostumado a eliminar qualquer um que atrapalhe sua busca pelo poder político. Ao se envolver com a bela esposa (Sharon Stone) do empresário, Jackson acaba acusado de um crime que não cometeu.
O falecimento recente de Carl Weathers, aos 76 anos de idade, entristeceu todos aqueles que, como eu, viveram plenamente o cinema de ação da década de 80.
Ele, além de ser carismático na frente das câmeras, também foi muito elogiado nos bastidores por seu bom caráter. É uma pena que a indústria tenha dado poucas oportunidades para ele como protagonista, o ator será sempre lembrado como o Apollo Creed, dos quatro primeiros filmes da série “Rocky”, mas presto minha homenagem resgatando um projeto que ele divulgou à época com todo carinho do mundo.
Durante uma entrevista com a jornalista Bobbie Wygant, ele é questionado sobre o impacto de ter seu nome pela primeira vez acima do título do filme no cartaz, no que ele responde sem pensar duas vezes: “uma tremenda responsabilidade”. Você percebe o brilho no olhar, “Action Jackson”, produzido por Joel Silver, parecia ter todos os ingredientes para gerar uma franquia, um elenco espetacular, com nomes como Craig T. Nelson, Tom Wilson (o Biff, de “De Volta Para o Futuro”), Bill Duke, Robert Davi (pouco antes de se tornar o vilão de “007 – Permissão Para Matar”) e duas das mulheres mais lindas do cinema hollywoodiano, Sharon Stone e Vanity.
O roteiro, que nasceu de um conceito bolado pelo próprio Weathers, é assinado por Robert Reneau, que entregaria anos depois “O Demolidor”, com Sylvester Stallone e Wesley Snipes. A pegada da história é afinada no diapasão satírico de “Comando Para Matar”, uma brincadeira com os estereótipos do gênero, com diálogos muito divertidos e sequências de ação propositalmente exageradas.
A direção é de Craig R. Baxley, que havia sido coordenador de dublês em várias pérolas, como “O Predador”, “The Warriors – Os Selvagens da Noite” e as séries “Esquadrão Classe A” e “The Dukes of Hazzard”. O seu domínio da arte é inegável, destaco as várias sequências impressionantes envolvendo fogo, algo usualmente complicado.
E a trilha sonora? A parceria entre o mestre do jazz Herbie Hancock e o grande Michael Kamen. Precisa dizer algo mais? A proposta é emular o clima dos blaxploitations da década de 70, evocando a ideia original de Joel Silver para a obra.
Os críticos falharam em captar a intenção do filme, que foi apedrejado na estreia, mas o público não deu bola e marcou presença nas salas. A bilheteria superou generosamente o orçamento modesto, mas, mesmo assim, infelizmente, nunca gerou uma continuação.
Trailer:
Trilha sonora:
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Vanity...lembro dela em um episódio na série Highlander que passava na Globo e do filme O último Dragão, marcaram muito...triste também que ela já se foi!!!! Quando pesquisava sobre Vanity é que fui conhecer esse filme, não sabia que ela tinha feito filme com o ator do Apollo...esse filme foi outro clássico que chegou a passar no antigo e bom Cinema em casa do SBT, saudades daquela época!!!! Valeu!!!!