No “Dica do DTC”, a nova seção do “Devo Tudo ao Cinema”, a intenção não é entregar uma longa análise crítica, algo que toma bastante tempo, mas sim, uma espécie de drops cultural, estimulando o seu garimpo (lembrando que só serão abordados filmes que você encontra com facilidade em DVD, streaming ou na internet). O formato permite que mais material seja produzido, já que os textos são curtos e despretensiosos.
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Se Encontrar Sartana, Reze Pela Sua Morte (Se Incontri Sartana Prega per la Tua Morte – 1968)
Numa cidade do Velho Oeste, bandidos, mercenários e aventureiros tentam se apossar de uma grande quantia em ouro. Entre eles, está o pistoleiro Sartana (Gianni Garko) e seus oponentes, um banqueiro corrupto, um louco bandido mexicano e dois irmãos psicóticos.
Uma variação do personagem apareceu no mediano “Johnny Texas”, de Alberto Cardone, vivido por Gianni Garko, e, como o filme fez um relativo sucesso na Alemanha, carregando o título “Sartana”, o produtor Aldo Addobbati enxergou o potencial financeiro, convidando um executivo alemão para coproduzir “Se Encontrar Sartana, Reze Pela Sua Morte”.
Garko pediu em contrato para que o roteiro não se debruçasse no elemento óbvio da vingança, e ficou muito satisfeito quando Renato Izzo entregou uma trama que remetia ao tom espirituoso de “Por Um Punhado de Dólares”, por conseguinte, homenageava o clássico “Yojimbo”, de Kurosawa, com um protagonista esperto que lucrava manipulando os interesses de dois grupos rivais.
O diretor original foi Guido Zurli, que agregou na primeira versão do roteiro um toque de rebeldia ao personagem, evocando Zorro, mas ele acabou sendo substituído durante o processo por Gianfranco Parolini. Não há muito do estilo extravagante de Parolini nas cenas de ação, algo que evidencia a sua entrada tardia no projeto.
A melhor contribuição dele para o resultado é a forte influência das engenhocas, graças à paixão do diretor pelas aventuras de James Bond, como a derringer modificada.
O baixíssimo orçamento é perceptível, mas reforça o charme da obra, que segue eficiente em revisão.
Trilha sonora composta por Piero Piccioni:
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