Críticas

Crítica de “Chico Bento e a Goiabeira Maraviósa”, de Fernando Fraiha

Chico Bento e a Goiabeira Maraviósa (2024)

Chico Bento (Isaac Amendoim) e sua turma precisam se unir para salvar a goiabeira de Nhô Lau (Luis Lobianco) quando ela é colocada em risco pelo arrogante coronel Dotô Agripino (Augusto Madeira).

Eu escrevi isto em minha crítica de “Turma da Mônica – Laços” (2019) e repito aqui: como é bom saber que o mestre Mauricio de Sousa recebe em vida esta linda homenagem. A breve aparição dele em cena adocica ainda mais esta justíssima celebração.

O roteiro, assinado por Elena Altheman, Raul Chequer e pelo diretor Fernando Fraiha, trata o público infantil com um respeito emocionante, exala segurança e até flerta com o surrealismo em um brilhante segmento produzido em animação, uma opção que surpreende positivamente por se sustentar além da estética, há uma mensagem muito linda que justifica plenamente o conceito.

O espírito do personagem dos quadrinhos é honrado com uma delicadeza pouco usual nos dias de hoje, o tema da defesa da natureza (ainda que pela ótica inocente da criança) poderia ser utilizado como elemento panfletário de várias agendas ideológicas, Hollywood atualmente é especialista nisto, algo que seria desastroso, mas felizmente a obra, de forma muito terna e cativante, defende a necessidade de se escutar todos os lados, a beleza do equilíbrio e da lucidez rumo ao real progresso.

O menino, Isaac Amendoim, verdadeiramente dá um show de naturalidade, a sua entrega faz tudo funcionar, e, neste aspecto, a opção acertada da quebra da quarta parede em várias cenas potencializa ainda mais a imersão do espectador.

Leve seus filhos pequenos à sala de cinema, vale cada centavo investido. A imagem que finaliza a trama sintetiza de maneira linda a preciosa pureza da infância.

Cotação:

Trailer:

Octavio Caruso

Viva você também este sonho...

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