Críticas

Dica do DTC – “A Dama Enjaulada”, com OLIVIA DE HAVILLAND

No “Dica do DTC”, a nova seção do “Devo Tudo ao Cinema”, a intenção não é entregar uma longa análise crítica, algo que toma bastante tempo, mas sim, uma espécie de drops cultural, estimulando o seu garimpo (lembrando que só serão abordados filmes que você encontra com facilidade em DVD, streaming ou na internet). O formato permite que mais material seja produzido, já que os textos são curtos e despretensiosos.

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A Dama Enjaulada (Lady in a Cage – 1964)

Cornelia Hilyard (Olivia de Havilland) é uma mulher viúva e rica que, devido a uma deficiência em uma das pernas, torna-se dependente de um elevador pessoal sempre que deseja se direcionar ao andar de cima de sua casa. Certo dia, ela fica presa dentro do elevador, por causa de uma pane elétrica. Ela toca o alarme para pedir ajuda, mas as pessoas que respondem ao chamado estão decididas a aterroriza-la ainda mais.

A obra, dirigida por Walter Grauman, foi pouco compreendida em sua estreia, injustamente apedrejada pelos críticos norte-americanos.

A protagonista, com claro transtorno narcisista, entra em forçoso conflito com uma sociedade egoísta, perturbadoramente indiferente. É curioso constatar que a crítica exposta na alegoria do roteiro de Luther Davis já sinalizava para um problema que apenas se intensificou nas últimas décadas, os alvos de outrora podem ser considerados símbolos de empatia quando comparados à zumbificada geração atual.

“A Dama Enjaulada” é muito mais inteligente do que aparenta na superfície, uma pérola que merece ser redescoberta. Vale destacar a presença de um jovem James Caan, já demonstrando total segurança.