No “Dica do DTC”, a nova seção do “Devo Tudo ao Cinema”, a intenção não é entregar uma longa análise crítica, algo que toma bastante tempo, mas sim, uma espécie de drops cultural, estimulando o seu garimpo (lembrando que só serão abordados filmes que você encontra com facilidade em DVD, streaming ou na internet). O formato permite que mais material seja produzido, já que os textos são curtos e despretensiosos.

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Traidor (Conspirator – 1949)

Jovem mulher (Elizabeth Taylor) entra em crise quando percebe que seu marido (Robert Taylor), um oficial do exército britânico, está colaborando com os comunistas.

Elizabeth Taylor já encantava o mundo na infância, em títulos como “Lassie – A Força do Coração” e “A Mocidade é Assim Mesmo”, mas seu primeiro papel adulto, apesar de ter apenas 16 anos durante as filmagens, foi nesta injustamente pouco lembrada pérola noir, “Traidor”, que adapta o livro “O Conspirador”, de Humphrey Slater. A atuação dela é o ponto alto, deixava claro o talento que guiaria suas desafiadoras escolhas no futuro.

É bastante perceptível uma pegada hitchcockiana na produção, como, por exemplo, na clara homenagem à cena do copo de leite em “Suspeita” (1941), e, principalmente, na forma como o diretor Victor Saville esquematiza algumas cenas, alcançando o suspense através do véu romântico, o verniz que torna mais interessante o contexto da espionagem na trama.

Infelizmente, devido ao tema, o filme foi apedrejado pela imprensa norte-americana por décadas, jogado para baixo do tapete, injustiça que pretendo desfazer com este resgate.

  • Você encontra facilmente o filme garimpando na internet.


Viva você também este sonho...

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