No “Dica do DTC”, a nova seção do “Devo Tudo ao Cinema”, a intenção não é entregar uma longa análise crítica, algo que toma bastante tempo, mas sim, uma espécie de drops cultural, estimulando o seu garimpo (lembrando que só serão abordados filmes que você encontra com facilidade em DVD, streaming ou na internet). O formato permite que mais material seja produzido, já que os textos são curtos e despretensiosos.

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A Coisa (The Stuff – 1985)

David (Michael Moriarty) foi contratado para descobrir a receita de um iogurte chamado Coisa. Ele tenta provar que o produto é na verdade um ser extraterrestre, e que deseja se apossar da mente dos humanos para dominar o planeta.

A ameaça na trama consiste em uma coisa que é vendida para o público como sendo algo benéfico, mas que, na realidade, faz muito mal, causa danos irreparáveis. Se você se manteve lúcido nos últimos dois anos, vai perceber que o tema não poderia ser mais atual, mas o alvo do saudoso Larry Cohen na época não era a máfia da indústria farmacêutica, mas sim, outra tão perigosa quanto, a da indústria alimentícia.

Comparado aos trabalhos do diretor, “A Coisa” se destaca pela qualidade de produção, o baixo orçamento é perceptível, mas não trabalha contra o resultado, os efeitos práticos de maquiagem são muito eficientes, algumas cenas realmente me deixavam apavorado na infância, lembro claramente de desviar o rosto na sequência em que a substância se revela no personagem Chocolate Charlie.

A obra, que homenageia pérolas sci-fi como “Vampiros de Almas”, “A Bolha Assassina” e “No Mundo de 2020”, sofreu vários cortes na pós-produção objetivando melhorar o ritmo, algo que prejudica a experiência, você sente que a trama salta de evento em evento sem sutileza, mas a essência da mensagem é tão corajosa que compensa as falhas.

  • Você encontra o filme em DVD e, claro, garimpando na internet.


Viva você também este sonho...

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