No “Dica do DTC”, a nova seção do “Devo Tudo ao Cinema”, a intenção não é entregar uma longa análise crítica, algo que toma bastante tempo, mas sim, uma espécie de drops cultural, estimulando o seu garimpo (lembrando que só serão abordados filmes que você encontra com facilidade em DVD, streaming ou na internet). O formato permite que mais material seja produzido, já que os textos são curtos e despretensiosos.
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Deixe Ontem Para Trás (Leave Yesterday Behind – 1978)
Paul (John Ritter) se machuca jogando polo e descobre que está paralisado da cintura para baixo. Desanimado, ele decide ir ao rancho de seu avô, onde conhece a treinadora de cavalos Marnie (Carrie Fisher). Ela decide ajudá-lo a resgatar a coragem perdida desde o acidente.
Este competente telefilme, dirigido por Richard Michaels, roteirizado por Paul Harrison, segue a linha melodramática de “Uma Janela Para o Céu” (The Other Side of the Mountain – 1975), que havia emocionado plateias pelo mundo com sua história de superação psicológica após um terrível acidente.
O conceito foi explorado generosamente no período, mas, apesar de contar com um elenco poderoso, incluindo a jovem Carrie Fisher, impulsionada pelo sucesso gigantesco de “Guerra nas Estrelas”, a obra infelizmente foi esquecida, ela chegou a ser exibida na TV brasileira algumas vezes, na “Sessão da Tarde”, mas hoje acumula poeira nas prateleiras do tempo, injustiça que pretendo desfazer neste resgate.
A química entre Fisher e John Ritter é intensamente cativante, elemento que eleva a qualidade do roteiro, que carrega vários clichês do entretenimento televisivo da época, destaco também a presença do grande Buddy Ebsen, vivendo o avô médico obstinado que luta para que o rapaz reconquiste o amor próprio.
Na revisão para a preparação deste texto, constatei que a trama sobreviveu ao árduo teste do tempo, emocionalmente eficiente, com alívios cômicos muito simpáticos, além de uma bela trilha sonora composta pelo mestre Fred Karlin.
- Você encontra o filme garimpando na internet.
Versão da canção-tema, composta por Fred Karlin, defendida pela grande Karen Carpenter:
