Combate Mortal (Can Que – 1978)
Conhecido internacionalmente como “Crippled Avengers”, este é um dos mais famosos projetos dos Shaw Brothers. A premissa é muito interessante, a união de lutadores com algum tipo de deficiência, adaptando seus estilos para se beneficiarem com aquilo que os diferencia dos oponentes. Mas eu preciso salientar que considero o filme bem fraco, ainda que seja dirigido pelo mestre Chang Cheh.
Até mesmo as lutas, longas em excesso e sem impacto, sofrem com a coreografia muito marcada, quase uma apresentação de circo, o que é prejudicado por um roteiro confuso e incoerente que falha em estabelecer minimamente bem os personagens na trama. Como não sentimos empatia por eles, os combates ficam ainda mais frios. Chega a ser difícil discernir quem é quem, já que são todos tiras de cartolina ambulantes, com roupas e rostos semelhantes.
A razão que leva o vilão a sair desmembrando seus inimigos é impressionantemente tola. Logo na primeira sequência, um pai acaba de ver sua esposa e seu filho com as pernas e braços extirpados, chorando desesperados, mas não tem reação alguma, o riso involuntário passa a ser então uma constante.
O filme vale como curiosidade exótica, que ganha alguns pontos pela forma criativa como as deficiências são trabalhadas de forma prática nas lutas.