Breve reflexão após o resultado desta eleição, com LUCIDEZ, sem o tortuoso exercício da dissonância cognitiva, tão usual entre defensores de nossa asquerosa classe política atual.
Não preciso ir longe, como no provérbio alemão, “o diabo mora nos detalhes”, basta analisar que Cabo Daciolo ficou na frente de alguns candidatos sérios e experientes. Sim, a piada sem graça com intelecto limitado e que atua no vergonhoso mercado de exploração da fé alheia recebeu mais votos que Marina Silva, Henrique Meirelles e Alvaro Dias. É um resultado sintomático de como o povo brasileiro pensa (e faz) política. A ÚNICA salvação para este país é uma revolução EDUCACIONAL, como ocorreu com muito sucesso na China, por exemplo. E o brasileiro, ponto fundamental, precisa QUERER ser educado, sem se escorar em vitimismo preguiçoso.
Sobre a disputa de segundo turno? Bolsonaro, um personagem que marcava presença em programas televisivos de qualidade altamente duvidosa com seus posicionamentos incisivos sobre assuntos como sexualidade e porte de armas, alguém com claras limitações sobre os temas sensíveis à nação e que ainda não fez algo relevante dentro da política, espécie de lobo solitário, em suma, um enigma. Há um exagero bobo com sua imagem, analogias infantilizadas com Hitler, percepções rasteiras de quem pouco estudou efetivamente História. Por outro lado, Haddad, que foi um péssimo prefeito em SP, advogado de Lula, por conseguinte, alguém incapaz de fazer uma autocrítica sobre os vários problemas gravíssimos nos governos do PT. Ele mesmo afirma que representa seu cliente na eleição, atitude que denota pouca personalidade, característica que é essencial em um líder.
Resumindo, duas opções que seriam consideradas bem ruins em qualquer nação digna. Este é o lamentável panorama político brasileiro. Não há motivo algum para festejar.