Selecionei 4 pérolas do cinema infantil de várias épocas que emocionam sobremaneira o público adulto. Excelentes opções para sessões em família.
Viva – A Vida é Uma Festa (Coco – 2017)
O menino cresceu escutando estas histórias fundamentadas na amargura e na incompreensão, mas seu espírito se recusa a ser dominado por impulsos baixos, ele enxerga fissuras no muro de lamentação que seus pais construíram em sua vida, a identificação com o ídolo é a luz que invade pela fresta, o estímulo que aquece e conforta. O valor da memória, leitmotiv do filme, é simbolizado pelo respeito com que a criança trata o artista que já havia falecido antes de seu nascimento. Ele irá contar com a ajuda de Hector (Gael García Bernal/Leandro Luna), um desajeitado esqueleto que sonha conseguir visitar a terra dos vivos.
A catarse emocional dos últimos dez minutos é profundamente impactante porque representa a celebração de valores humanos que, especialmente nos tempos em que vivemos, parecem ter sido abandonados. O amor transcende a presença física, não faz sentido temer e lutar contra o inevitável, o verdadeiro malefício envolve o ato de esquecer. As lembranças ternas são (literalmente na trama) a ponte que une o tangível possível e a eternidade que só ganha valor exatamente por ser desafiada pela finitude.
Túmulo dos Vagalumes (Hotaru no Haka – 1988)
Uma trágica história sobre dois irmãos – Setsuko e Seita – que vivem no Japão durante a época da guerra que, após tornarem-se órfãos por causa do conflito, vão parar na casa de parentes. As coisas pioram quando acabam tendo que ir viver em um abrigo no meio do mato. Quando Setsuko, a irmãzinha caçula, adoece gravemente, seu irmão deve se virar para conseguir ajuda para a menina, mas os tempos são difíceis e mesmo um pouco de comida pode ser difícil encontrar. Obra-prima do saudoso diretor Isao Takahata.
Meu Melhor Companheiro (The Old Yeller – 1957)
A história se passa por volta de 1860, no Texas. Um pequeno garoto não quer nada com o cão que ele encontrou, mas “Old Yeller” prova que é um ótimo amigo, protegendo a sua família e salvando a sua vida. Rapidamente, eles se tornam companheiros inseparáveis, dividindo momentos de alegria, experiências e lições de vida sobre como crescer.
Dumbo (1941)
Dumbo é um bebê elefante que nasceu com orelhas enormes e com a ajuda de Timóteo, um simpático ratinho, vai se transformar na principal atração de um circo. Usando suas orelhas, ele faz o que nenhum outro elefante conseguiu: voar! Se você não chorar neste filme, há grandes chances de que você não esteja vivo.