O Anjo do Farol (Captain January – 1936)
Shirley Temple interpreta Star, garotinha de 4 anos de idade que vive com o Capitão January (Guy Kibbee) desde que foi salva por ele de um naufrágio quando era bebê. Mas sua alegre vida conjunta é inesperadamente ameaçada quando um fiscal da cidade resolve tirá-la do vigia do farol e mandá-la para um orfanato.
Da série de filmes que a pequena realizou sob o comando do diretor David Butler, “O Anjo do Farol” é meu favorito, aquele que melhor sobreviveu ao teste do tempo. Ela canta a solar “Early Bird” (que conta com bons truques visuais) e “The Right Somebody To Love”, além de sapatear com o lendário Buddy Ebsen em “At the Codfish Ball”, coreografia que, em sua autobiografia, Temple afirmou que foi extremamente difícil de executar.
É uma refilmagem do obscuro mudo homônimo de 1924, que adaptava o livro de Laura E. Richards, protagonizado pela Diana “Baby Peggy”, a estrela infantil da época, que faleceu recentemente (24 de fevereiro de 2020) aos 101 anos de idade. Eu tive contato com esta versão anterior disponível no Youtube, infelizmente não traz nada de especialmente relevante, vale apenas como curiosidade.
A fórmula é clara, simples e certeira, nunca cansativa, mirando nas crianças, mas sem subestimar a inteligência do público adulto, transmitindo a esperança que o povo norte-americano precisava desesperadamente no período da Grande Depressão. Cenas como o melodramático desfecho e a ambientada na sala escolar, em que Star precisa lidar com um coleguinha metido a sabichão, merecem destaque.
A cena mais famosa do filme, em versão colorizada:
ela era muito legal e engraçadinha