O Legado (The Legacy – 1978)
Depois de um acidente de carro, Maggie Walsh (Katharine Ross) e seu namorado Pete Danner (Sam Elliott) são convidados por um milionário recluso a se hospedarem em sua mansão, juntamente com os cinco beneficiários de seu testamento.
A estreia do diretor Richard Marquand, que viria a se tornar mundialmente famoso com “O Retorno de Jedi”, ficou injustamente perdida nas prateleiras do tempo.
É um terror atmosférico com a pegada elegante dos clássicos da Hammer (o roteiro conta com a assinatura de um frequente colaborador do estúdio, Jimmy Sangster) e uma participação breve, porém marcante, do vocalista da banda “The Who”, Roger Daltrey. Ao rever hoje em VHS, relembrei da minha paixonite na adolescência por Katharine Ross, uma das mulheres mais lindas do cinema.
Neste filme ela contracena com Sam Elliott, eles se apaixonaram nos bastidores e estão juntos até hoje. A química em cena é inegável, o que agrega ao primeiro ato (ao som da canção “Another Side of Me”, cantada por Kiki Dee), afinado no diapasão romântico, opção acertada que potencializa o impacto da gradativa transição para um terreno cada vez mais sombrio, quando os elementos sobrenaturais são inseridos e o público finalmente entende o que está por trás do convite misterioso.
A sequência mais arrepiante é aquela em que o casal tenta fugir do local, com extrema dificuldade, inicialmente a cavalo, depois em um carro, apenas para descobrir que todos os desvios da estrada conduzem novamente à entrada da mansão.
O contraste entre a tensão da cena e a trilha sonora animada reforçam o senso de estranheza. A aura pessimista remete aos melhores momentos de “A Profecia” e “A Sentinela dos Malditos”.
Cotação:
Não conheço, vou tentar ver.