A Longa Viagem de Volta (The Long Voyage Home – 1940)
O cargueiro Glencairn parte para Baltimore. A rotina da tripulação é o medo, a tristeza, saudade e camaradagem. Entre contrabandos de mulheres e bebidas, brigas e brincadeiras, eles estão sempre prontos para as missões e dispostos a darem a vida por um companheiro.
Após o grande sucesso de crítica e público alcançado em sua adaptação da obra literária de John Steinbeck: “As Vinhas da Ira”, o diretor abraçaria quatro peças de Eugene O’Neill, que também foi consultor no filme, e construiria o que pode ser considerado uma “Odisseia”, clássico de Homero, pelos olhos de Jorge Amado, lembrei-me de “Mar Morto” de 1936. O próprio O’Neill afirmava ter apreciado muito o filme, assim como o próprio diretor, porém, mesmo com várias indicações ao Oscar, a obra nunca obteve popularidade entre os cinéfilos.
Méritos ela possui, como a presença carismática de John Wayne e a criativa fotografia de Gregg Toland, responsável por “Cidadão Kane”, que revolucionou a estética cinematográfica com seu uso inovador das sombras, que viria a influenciar profundamente o cinema Noir. Utilizando o cenário conturbado da Segunda Guerra Mundial, o roteiro analisa psicologicamente a relação entre marinheiros de um navio cargueiro, responsáveis por atravessar o oceano carregando dinamite.
Um filme que merece constar nas listas de favoritos dos fãs do diretor, que ficou famoso por sua representação do Monument Valley nos faroestes, mas que conseguia ressoar mais profundo ao abordar os questionamentos do ser humano.
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