Mercadores da Morte (Fatal Beauty – 1987)
Uma policial (Whoopi Goldberg) da divisão de narcóticos investiga a série de falecimentos causados por uma remessa de droga envenenada. Ao mesmo tempo, conhece um homem (Sam Elliott) que desconfia estar envolvido no caso.
O projeto inicialmente seria protagonizado pela cantora Cher, mas ela desistiu no último momento, optando por “Feitiço da Lua”, abrindo espaço para o carisma arrebatador de Whoopi Goldberg. O diretor Tom Holland enxergava no roteiro a oportunidade perfeita para demonstrar versatilidade na indústria, após firmar seu nome no gênero do terror, com o sucesso mundial de “A Hora do Espanto” (1985).
A ideia de escalar uma comediante como policial fez surgir na época muitas comparações com “Um Tira da Pesada”, algo que prejudicou bastante a recepção do público, já que, ao contrário do Axel Foley de Eddie Murphy, a Rita Rizzoli de Whoopi não esbanja senso de humor, não há aquela pegada divertida (enfatizada na excelente dublagem da grande Selma Lopes, na versão brasileira da Herbert Richers), o filme se leva a sério, o tema é pesado, tom que se estabelece já nos créditos de abertura, mostrando o submundo da noite.
Rita pode parecer brincalhona com suas perucas coloridas, quando disfarçada em missão, mas sabe ser durona quando descobre que adolescentes foram eliminados após utilizarem as drogas modificadas, e, ponto inteligente do roteiro, consegue até emocionar em alguns momentos mais intimistas.
“Mercadores da Morte”, também conhecido no Brasil pelo título original, “Beleza Fatal”, não merece ficar esquecido nas prateleiras empoeiradas do tempo.
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