No “Dica do DTC”, a nova seção do “Devo Tudo ao Cinema”, a intenção não é entregar uma longa análise crítica, algo que toma bastante tempo, mas sim, uma espécie de drops cultural, estimulando o seu garimpo (lembrando que só serão abordados filmes que você encontra com facilidade em DVD, streaming ou na internet). O formato permite que mais material seja produzido, já que os textos são curtos e despretensiosos.
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Com a Lei e a Ordem (Law and Order – 1953)
O Xerife Federal Frame Johnson (Ronald Reagan) é contratado para manter a paz em uma cidade incontrolável do Oeste Selvagem. Ele deve escolher entre a mulher que ama e a vida perigosa de um oficial da lei da fronteira.
A obra literária original, “Saint Johnson”, de W.R. Burnett, adaptada originalmente em 1932, no bom “Lei e Ordem”, com Walter Huston, receberia mais algumas versões, como “A Lei Manda”, em 1940, com Johnny Mack Brown, mas o projeto que ficou mais famoso foi “Com a Lei e a Ordem”, o único em que o autor não se envolveu no roteiro, o mérito principal é o elenco, que conta com Ronald Reagan e belíssima Dorothy Malone, que havia conquistado o público anos antes em sua participação no excelente noir “À Beira do Abismo”, de Howard Hawks.
O ritmo ágil manteve a história eficiente, atemporal, os diálogos também são muito bem trabalhados, com senso de humor, algo que equilibra com inteligência a entrega solene de Reagan, ele constrói em cena uma personalidade firme, sem nuances psicológicas, opção que pode incomodar o público moderno, acostumado à desconstrução narrativa constante, o seu Frame Johnson é o herói clássico, invergável, característica que os fãs dos quadrinhos italianos admiram em personagens como o Tex Willer, de Gian Luigi Bonelli e Aurelio Gallepini.
Um ótimo faroeste que merece ser redescoberto, com uma direção segura de Nathan Juran e empolgantes sequências de brigas e tiroteios.
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