No “Dica do DTC”, a nova seção do “Devo Tudo ao Cinema”, a intenção não é entregar uma longa análise crítica, algo que toma bastante tempo, mas sim, uma espécie de drops cultural, estimulando o seu garimpo (lembrando que só serão abordados filmes que você encontra com facilidade em DVD, streaming ou na internet). O formato permite que mais material seja produzido, já que os textos são curtos e despretensiosos.
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Marcado Para a Morte (Marked for Death – 1990)
Tendo acabado de se aposentar da Agência de Controle de Narcóticos, John Hatcher (Steven Seagal) volta à sua cidade natal e rapidamente descobre que as drogas se infiltraram em sua velha vizinhança. Determinado a expulsar os traficantes, Hatcher cruza o caminho de um feroz contrabandista de drogas jamaicano com poderes mágicos.
Nesta pérola, Steven Seagal exibe plenamente sua habilidade no Aikido, algo cada vez mais raro em suas produções nas últimas décadas.
A boa direção de Dwight H. Little, que viria a comandar episódios das celebradas séries “24 Horas” e “Prison Break”, somada a um vilão exótico com um toque sobrenatural, ajudam a disfarçar o fraco carisma do protagonista. Diferente dos seus filmes anteriores, neste temos uma postura mais crua, realista, demonstrada já primeiras cenas, ainda que esta sequência inicial não tenha nenhuma ligação com o restante do filme.
Vale destacar o excelente duelo de espadas ao final, conduzindo para uma das mortes mais brutais captadas no gênero em sua época, o que é dizer muito, quando pensamos que era algo natural o vilão acabar sendo jogado num moedor de carne.