O Amor Encontra Andy Hardy (Love Finds Andy Hardy – 1938)
O jovem Andy (Mickey Rooney) fica preocupado quando descobre que sua namorada, Polly (Ann Rutherford), está deixando a cidade para o feriado de Natal. As perspectivas melhoram depois que o melhor amigo de Andy o paga para cuidar de sua namorada, Cynthia (Lana Turner), enquanto ele está fora. Mas quando Polly retorna mais cedo do que o esperado, e a vizinha de Andy, Betsy (Judy Garland), aparece alegando ter uma queda por ele, o rapaz percebe que tem mais garotas do que pode suportar.
Mickey Rooney foi um astro mirim que, algo raro, conseguiu se manter firme na indústria pela adolescência e se tornou ainda mais reconhecido com a maturidade. Uma fase importante de sua carreira que, infelizmente, não é lembrada pelo público brasileiro, a série de filmes da MGM em que interpretou o adorável Andy Hardy.
Eu escutei este nome pela primeira vez na adolescência, através do VHS do documentário sobre a era de ouro dos musicais, “That’s Entertainment!” (1974), mas não encontrava as fitas nas locadoras da região, creio que estes projetos nunca foram lançados em home video no Brasil, também não me recordo de exibições televisivas, em suma, passei muitos anos somente imaginando como seriam as tramas. O garimpo na internet discada operou o milagre, consegui baixar vários, na época em que você precisava manter o computador ligado por dias inteiros para conseguir algo que, nos dias de hoje, você consegue em questão de minutos.
A experiência de finalmente poder assistir aos filmes foi fascinante, mas, não posso mentir, considerei os três primeiros bastante fracos, revi um deles tempos atrás e nada mudou. “O Amor Encontra Andy Hardy” é o quarto projeto, incrivelmente superior em todos os aspectos, até porque conta com a presença charmosa de Judy Garland, que, em um dos momentos mais bonitos, canta a doce “In Between”. Outro fator que ajuda é o roteiro ser ambientado no maravilhoso período natalino, com uma sutil homenagem ao clássico literário “Um Conto de Natal”, de Charles Dickens.
O resultado aquece o coração, encantador do início ao fim e intensamente divertido. Caso você goste deste filme, recomendo que procure o meu segundo favorito, “Andy Hardy Cava a Vida” (Life Begins for Andy Hardy – 1941), um roteiro até surpreendente para os padrões da série, que dedica atenção especial ao desenvolvimento do protagonista.
- Você encontra facilmente o filme garimpando na internet.