No “Dica do DTC”, a nova seção do “Devo Tudo ao Cinema”, a intenção não é entregar uma longa análise crítica, algo que toma bastante tempo, mas sim, uma espécie de drops cultural, estimulando o seu garimpo (lembrando que só serão abordados filmes que você encontra com facilidade em DVD, streaming ou na internet). O formato permite que mais material seja produzido, já que os textos são curtos e despretensiosos.

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A Última Cruzada (Mihai Viteazul – 1971)

No final do século 16, o governante da Valáquia, o príncipe Miguel (Amza Pellea), o Bravo, superou a adversidade dos impérios otomano e austríaco para unir a Valáquia, a Moldávia e a Transilvânia em um só país.

O melhor projeto na carreira do saudoso diretor Sergiu Nicolaescu, que era carinhosamente chamado de “Steven Spielberg romeno” e tinha o senso de espetáculo de Cecil B. DeMille, só melhora a cada revisão. É impressionante como a obra, uma das mais espetaculares da década de 70, filmada em condições extremamente difíceis durante o ditatorial regime comunista da era Nicolae Ceaușescu, segue acumulando poeira nas prateleiras do tempo.

O elenco de milhares, cortesia do exército romeno, aliado aos enquadramentos grandiosos na fotografia de Mircea George Cornea e, claro, a trilha sonora composta por Tiberiu Olah, além de transportar imediatamente o público para aquela realidade, opera a mágica de criar sequências de batalhas verdadeiramente impressionantes, sem firulas técnicas, com apenas três câmeras. Amza Pellea dá vida, coragem e carisma ao príncipe Miguel, a sua entrega é importante para a imersão emocional do espectador.

Se você se encantar com este filme, recomendo sobremaneira que busque na internet outra pérola do diretor, o épico peplum “Dacii” (1967), sobre a guerra entre o Império Romano e o Reino da Dácia, durante o reinado do imperador Domiciano.

  • Você encontra o filme com facilidade garimpando na internet.


Viva você também este sonho...

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