No “Dica do DTC”, a nova seção do “Devo Tudo ao Cinema”, a intenção não é entregar uma longa análise crítica, algo que toma bastante tempo, mas sim, uma espécie de drops cultural, estimulando o seu garimpo (lembrando que só serão abordados filmes que você encontra com facilidade em DVD, streaming ou na internet). O formato permite que mais material seja produzido, já que os textos são curtos e despretensiosos.
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Sob o Sol da África (Ice Cold in Alex – 1958)
Um grupo de militares e enfermeiras é incumbido de realizar uma perigosa e árdua caminhada através dos desertos no Norte de África, durante a Segunda Guerra Mundial. O destino de todos é Alexandria, onde acreditam que vão encontrar abrigo e um pouco de paz.
O conjunto de obra do saudoso diretor britânico J. Lee Thompson é fantástico, eu destaco “A Conquista do Planeta dos Macacos”, “Sangue Sobre a Índia”, “Círculo do Medo”, “Taras Bulba”, “Os Canhões de Navarone” e “Dez Minutos Para Morrer”, mas há uma pérola pouco lembrada que considero simplesmente um dos melhores filmes de guerra de todos os tempos, “Sob o Sol da África”, com Anthony Quayle, John Mills, Harry Andrews e a belíssima Sylvia Syms.
Uma experiência incrivelmente tensa e que explora, com um tom de realismo pouco usual no gênero, a intensa luta pela sobrevivência e a camaradagem que é forjada no grupo durante a execução da sisífica missão. A proposta da trama remete ao francês “O Salário do Medo”, de Henri-Georges Clouzot, destaco a angustiante sequência que envolve uma investigação sobre um campo minado.
- Você encontra o filme com facilidade garimpando na internet.
Trailer: