Rebel Ridge (2024)
Um ex-fuzileiro naval, Terry (Aaron Pierre), acaba sendo obrigado a enfrentar uma rede de corrupção em uma cidade pequena quando uma tentativa de pagar a fiança de seu primo se transforma em um violento confronto com o chefe (Don Johnson) de polícia local.
Quando cobri o Festival do Rio em 2015, tive a oportunidade de conhecer o trabalho do roteirista/diretor Jeremy Saulnier, “Green Room” foi uma grata surpresa, uma intensa experiência sensorial que ficou por muito tempo em minha mente.
LEIA MINHA CRÍTICA DE “GREEN ROOM” CLICANDO AQUI.
O seu novo filme evidencia que ele apenas aprimorou seu estilo, uma obra de ação frenética, sem firulas técnicas, comandada com segurança e personalidade.
O conceito da trama remete em sua essência ao clássico “Sua Última Façanha” (1962), de David Miller, e seu irmão espiritual, “Rambo – Programado Para Matar”, de Ted Kotcheff, forçando o protagonista a entrar em conflito com uma corrupta figura de autoridade policial.
Um elemento narrativo que injeta tensão adicional e oportunidades criativas nas cenas: Terry, um experiente militar, até como forma de provar sua inocência, adota táticas não letais de batalha, impondo sua presença com inteligência emocional.
O ponto forte do roteiro, por baixo do verniz do entretenimento, é evidenciar como uma estrutura corrupta se mantém, como o sistema é alimentado, e, também, como uma simples mudança de atitude positiva pode danificar a estrutura do mal.
Vale ressaltar na equação de sucesso a importância da atuação acima da média no gênero do britânico Aaron Pierre, que transmite credibilidade e, com seu carisma, facilita a imersão do público.
Cotação: